Segundo membros da pasta, Fontana não teria suportado a pressão diante da CPI da Covid, onde teve seu sigilo telefônico quebrado; ela deve permanecer na pasta, mas não mais à frente do Programa Nacional de Imunizações

Coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fontana | Foto: Reprodução

À frente da estratégia de vacinação contra o coronavírus, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fontana, pediu exoneração de seu cargo ao Ministério da Saúde. A servidora anunciou a equipe nesta quarta-feira, 30, e a decisão deverá ser oficializada nos próximos dias.

Ainda nesta quarta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia faça a acareação – ou seja, a apuração da verdade por meio de confronto entre partes – de Fontana. A acareação de Francieli e da infectologista Luana Araújo já havia sido aprovada no início de junho, com o objetivo de esclarecer o depoimento realizado por ambas.

Fontana chegou a ter o sigilo telefônico quebrado pela CPI da Pandemia, e apesar de ela ter tentado reverter essa medida no STF, Alexandre de Moraes o manteve. De acordo com declarações de membros do Ministério à Folha de S. Paulo, o que levou a coordenadora pedir exoneração foi o fato de não ter suportado a grande pressão diante da CPI.

A previsão, no entanto, é que Fontana permaneça na pasta, só não mais à frente da coordenação do PNI.

Francieli Fontana é graduada em enfermagem, mestre em medicina tropical pela Universidade de Brasília (UnB), e atua no Ministério da Saúde desde 2014.

Informações de A Folha de S.Paulo