“Convite que me trouxe falava em carta branca”, diz Regina Duarte durante posse da Secretaria de Cultura
04 março 2020 às 14h30

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Em seu discurso, atriz disse que pretende estabelecer pacificação e diálogo entre setor cultural, Parlamento e órgãos de controle

A nomeação da artista Regina Duarte para a Secretaria Especial da Cultura foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira, 4. A edição também publiciza demissões em cargos de alto escalão da pasta, como a de Camilo Calandreli, ex-secretário de Fomento e Incentivo à Cultura.
Em seu discurso de posse no Palácio do Planalto, Regina Duarte ressaltou que ao ser convidada para o cargo, o presidente prometeu “carta branca”. “O convite que me trouxe até aqui [Secretaria Especial da Cultura] falava em porteira fechada e carta branca. Não vou esquecer não, hein, presidente” disse.
A nova ministra também afirmou que em seu projeto para a pasta, pretende estabelecer pacificação e diálogo entre setor cultural, Parlamento e órgãos de controle e usar bem os recursos disponíveis. “Posso até passar por ingênua, mas eu acho que é possível fazer muita coisa com os recursos que se tem”, frisou.
A artista foi convidada por Jair Bolsonaro para assumir a Secretaria de Cultura em janeiro, no lugar de Roberto Alvim. “Para chegar até aqui, eu precisei me apoiar em muita gente. Quem me estendeu a mão, sabe?” disse emocionada. “Me pendurei no carinho de milhares de pessoas que me agradeceram nos aeroportos, na feira, nos supermercados. Recebi aprovação de 97%. Cruzava um olhar e então vinha aquele sorrisão confiante. Eu dizia: É Bolsonaro”, comentou. “Quando não era, baixava o olhar e saia de fininho”, completou.