Segundo membros da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), privatização vai contra demanda do país

Membros da Fenae criticaram discurso do governo. | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) reagiu às falas sobre privatização de estatais emitidas pelo governo. A empresa pública é alvo da agenda do ministro da Economia, Paulo Guedes, que planeja lançá-la no mercado.

Para os bancários, o discurso não atende às demandas do país. “A única preocupação é reelegerem Bolsonaro, não se importando com as reais demandas da sociedade, nem se as medidas tomadas terminarão de destruir o país”, afirmou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

A federação criticou a fala do ministro da Economia sobre a criação de um “fundo de erradicação da pobreza” como argumento para a venda da Caixa Econômica. A privatização da Petrobras também integra o plano. Recentemente, estas empresas adquiriram as melhores avaliações na 5ª Certificação do Indicador de Governança IG-SEST, que avaliou 60 estatais.

No terceiro trimestre de 2021, como divulgado pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, além da certificação do IG-SEST, a empresa teve lucro líquido de R$ 3,2 bilhões. O número representa aumento de 69,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A lucratividade do banco, no acumulado do ano, até setembro, foi de R$ 14,1 bilhões.

Segundo Sergio Takemoto, as falas de Paulo Guedes são parte da estratégia eleitoral para a campanha presidencial de Bolsonaro em 2022. Assim, este seria o único motivo para levaram adiante a agenda de privatizações. “É esta empresa pública, com estes resultados, que provou ser essencial para o país, especialmente na pandemia, que o governo quer vender. Junto com a privatização de outras estatais necessárias ao Brasil, a real intenção é maquiar o orçamento, passando à sociedade a falsa mensagem de recuperação econômica no cenário eleitoral”, alertou Takemoto.