Contato imediato? Cometa a caminho da Terra e com “vontade própria” intriga cientistas

30 julho 2025 às 22h16

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Não, ainda não é momento de fugir para as montanhas. Mas há algo no céu que intriga cientistas do mundo inteiro e que vem provocando discussões acaloradas entre Institutos e Centros de Estudos e de Observação Espacial espalhados pelo planeta. Foi a NASA, a Agência Espacial Americana, responsável pelo telescópio de pesquisa Asteroid Terrestrial Impact Last Alert System (Atlas), que detectou o objeto quando ele entrou no Sistema Solar.
Um visitante intrigante que, de acordo com alguns cientistas, pode nos colocar em conexão direta com tecnologia alienígena, já que ele está a caminho da Terra com previsão de chegada em novembro.
No início de julho, cientistas do projeto Atlas e da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, detectaram um misterioso objeto de proporções gigantescas e interestelar, em alta velocidade e trajetória intrigante, que entrou no nosso Sistema Solar traçando rota hiperbólica, em direção ao Sol, a uma velocidade absurda de 209.000 km/h.
Em apenas 24 horas, de acordo com a Live Science, foi confirmada a origem intergaláctica do objeto que, de acordo com as primeiras observações, parecia ser um asteroide anabolizado, com 24 km de largura, maior que a ilha de Manhattan, em Nova York. Dois dias depois, a comunidade científica constatou que a rocha espacial era um cometa percorrendo um caminho altamente excêntrico que poderia chegar à órbita da Terra, o que levou a ser listado na Página de Confirmação de Objetos Próximos à Terra. A partir daí, o sinal amarelo foi acionado.
Depois da constatação de que se tratava de um cometa, o Minor Planet Center (MPC), um renomado Instituto de Pesquisas Espaciais, juntamente com a União Astronômica Internacional (IAU), emitiram um parecer classificando o objeto A11pl3Z, um visitante intergaláctico, nomeado 3IATLAS.
De acordo com dados disponíveis da NASA, o 3I/ATLAS aproxima-se rapidamente do Sol a uma velocidade de 60km/s. Em 29 de Outubro, quando estiver entre as órbitas de Marte e da Terra, o asteroide vai atingir a menor distância entre o Sol e a Terra: 150 milhões de km. Pode parecer muito, mas de acordo com a escala de aproximação de objetos não identificados ao nosso planeta, 150 milhões de km é praticamente “ passar raspando” por nós. Neste momento…
Bom, até aí seria apenas mais uma descoberta intergaláctica dando os ares pelo nosso Sistema Solar, o que, por si só, já é um grande achado. No entanto, no dia 16 de julho, tudo mudou depois que um estudo liderado pelo astrofísico de Harvard, Avi Loeb, juntamente com outros dois astrofísicos renomados do Centro de Estudos Interestelares de Londres, sugeriu que a alta velocidade e a trajetória única do 3I/ATLAS poderiam indicar tecnologia extraterrestre.
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De acordo com os cientistas, a trajetória do objeto permite aproximações jamais captadas por outros cometas que nunca passaram tão rente às órbitas de Júpiter, Marte e Vênus, potencialmente possibilitando a implantação de dispositivos de vigilância, ao considerar que trata-se de uma gigantesca nave alienígena.
A maior aproximação da suposta nave espacial ao Sol, de acordo com os astrofísicos, acontece bem no final de outubro, quando estará oculto dos telescópios dos terráqueos, o que, segundo Avi Loeb, pode ser intencional para evitar detecção. O tamanho real do objeto é incerto, mas calcula-se que tenha 18 km de extensão e 24 km de largura.
Os pesquisadores fazem referência à hipótese da “floresta escura”, que postula que civilizações extraterrestres permanecem ocultas para evitar ameaças, por isso, segundo os astrofísicos, se o 3I/ATLAS for artificial, é bom que os terráqueos tomem medidas defensivas, o que, na verdade, seria inútil, dada a velocidade do objeto. Uma interceptação seria impossível, já que não temos tecnologia para viajar tão rápido pelo espaço.
Para os que acreditam em teoria da conspiração, é apenas uma questão de tempo para que os visitantes interespaciais se apresentem e estejam entre nós. Já a evidência científica racional aponta que trata-se de uma grande pedra intergaláctica, incomum e de grande porte, passeando pelo nosso Sistema Solar. Então, parece que não vai ser dessa vez que teremos que correr, em fuga, para as montanhas… espero.