Constelação Familiar: conheça a terapia alternativa que vem ganhando adeptos em Goiânia
13 janeiro 2018 às 14h42

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Método já tem sido utilizado pelo Judiciário no auxílio à resolução de conflitos
A Constelação Familiar é um técnica de terapia alternativa criada pelo alemão Bert Hellinger e indicada principalmente para resolução de problemas ocultos existentes na esfera pessoal, profissional e até de saúde.
O tratamento pode ser feito de forma individual ou em grupo e busca trazer à consciência o que se encontra em um pano de fundo, mas que interfere na vida das pessoas.
A psicóloga e especialista em terapia sistêmica familiar, Nathana Sateles explica que o que surge na constelação encontra-se na consciência emocional do constelado e e está diretamente relacionada com a capacidade de lidar com os sentimentos e dores advindos desse processo.
“Durante uma constelação é comum, por exemplo, você descobrir que a sua ansiedade ou sua fobia de elevador está ligado a algum fato relacionado à sua família que você desconhecia”.
A terapia surgiu depois que Bert Hellinger viveu por 16 anos na África do Sul como missionário. Lá, ele estudou como as tribos zulus vivem e consideram a família. Foi analisando essa comunidade que o autor elaborou os três princípios básicos da constelação:
1- Pertencimento: dentro do sistema familiar, todos têm direito de pertencer. Mães que perderam o bebê antes de nascer, por exemplo, e só contam como filhos aqueles que nasceram infringem essa regra. “Quando colocamos alguém como excluído, isso de alguma forma influencia negativamente o campo energético”, pontua a especialista Nathana.
2- Equilíbrio entre o dar e receber: No relacionamento entre casal, por exemplo, deve haver um equilíbrio entre dar e receber afeto e atenção. “Se todo dia eu te faço um agrado e você nunca me agrada, isso causa um desequilíbrio nessa relação”, pontua Nathana.
3 – Hierarquia: Quem chega primeiro tem precedência de quem chegou depois. Primeiro vêm os pais, depois os filhos, em sua precisa ordem de nascimento. O rompimento da hierarquia traz desordem e desarmonia familiar.
A terapia alternativa já tem sido utilizada inclusive pelo Poder Judiciário no auxílio à resolução de conflitos. Pelo menos 15 tribunais do país já utilizam o método. De acordo com a Associação Brasileira de Constelações Sistêmicas, já são 4.000 o número de consteladores no país.
A constelação também tem sido usada para ajudar nas questões relacionadas à saúde. Em Goiânia, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) criou, em 2006, um grupo de constelações familiares destinado a ajudar pacientes com dor pélvica crônica em tratamento no Ambulatório de Ginecologia do HC.
As normas que regulamentam a atividade em Goiânia ainda são vagas. Para ser um constelador, não é necessário ter formação em psicologia. É preciso apenas ter ensino superior completo e realizar curso de Constelação Familiar. Uma sessão do tratamento pode ser encontrada na capital em valores que variam de R$ 200,00 à R$ 1 mil.