Conselho de Ética da Câmara dá prosseguimento à denúncia contra Oséias Varão
13 setembro 2017 às 13h29

COMPARTILHAR
Desentendimento entre o pessebista e o vereador Clécio Alves (PMDB) não teve conciliação e relator deve apresentar parecer do caso em até 10 dias

O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Goiânia deu prosseguimento à representação protocolada pelo vereador Clécio Alves (PMDB) contra Oséias Varão (PSB), depois de desentendimento em plenário durante reunião da Comissão de Finanças que avaliou o projeto que acabou com o aumento contínuo do IPTU e ITU.
Em entrevista na manhã desta quarta-feira (13/9), o vereador Gustavo Cruvinel (PV) disse que foi notificado pelo presidente do Conselho de Ética, Anselmo Pereira (PSDB), para ser relator do caso no colegiado.
“Vou tentar, mais uma vez, intermediar conciliação entre os dois, pois acredito que podemos chegar num denominador comum, que não prejudique nenhuma das partes e que evite qualquer tipo de punição. Mas caso não seja possível, seguiremos o regimento e tomaremos as providências necessárias”, disse Cruvinel, admitindo que trata-se de uma”situação muito difícil”.
Antes de designar um relator, o próprio presidente do conselho, Anselmo Pereira, deu declarações afirmando que tentaria a conciliação, o que não foi possível.
A previsão de Cruvinel é de que, caso o acordo realmente não seja possível, ele apresente o parecer em até 10 dias. As punições para o vereador do PSB podem ser uma retratação pública em veículo de comunicação ou até mesmo suspensão das atividades parlamentares por dois ou três dias.
Desentendimento
[relacionadas artigos=”104436″]
A briga entre os dois vereadores da base de apoio do prefeito Iris Rezende (PMDB) se deu durante a votação do projeto que impede aumento contínuo no IPTU e ITU em Goiânia, no último dia 30 de agosto.
Oseias pediu vistas da matéria que estava em segunda votação. O pedido foi rejeitado após uma votação polêmica e Clécio o acusou de manobrar em favor do Paço para protelar a apreciação da proposta.
Na representação, Clécio afirma que Oséias, “em ato de incontida fúria, atentou verbalmente contra a honra do requerente, com ofensas morais e palavras de baixo calão, se colocando enfrente a ele com o dedo em riste rumo ao seu rosto”. Ele acrescenta ainda que só não teria sido agredido fisicamente porque outros vereadores interferiram.
Segundo Cruvinel, relator da representação, a confusão não foi registrada pelas câmeras da TV Câmara, mas que uma emissora de TV que fazia a cobertura da sessão plenária tem as imagens, que serão analisadas por ele antes de apresentar o parecer.