Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, o presidente da Saneago S/A, Ricardo Soavinski destacou os investimentos da companhia e avaliou que o Marco Regulatório pode ser cumprido dentro do prazo. “Tivemos recorde no investimento com a marca de R$ 500 milhões. Tivemos recorde de lucro de R$ 401 milhões. 

Sobre o processo de abertura de Capital para o setor privado, o presidente garantiu que a posição do governador Ronaldo Caiado (UB) sempre foi de não privatização da companhia. “Fui convidado para ser o diretor presidente da Companhia dentro de uma estrutura que a lei das estatais obriga que são as estruturas de conselhos, administração, fiscal, comitê de auditoria e diretoria executiva”, explica.

Ainda assim, a venda da menor parte das ações poderá beneficiar tanto a companhia quanto o caixa do Estado, já que parte destes recursos podem ser destinados para outras áreas, conforme a Lei aprovada pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

“O governador atende a estrutura de governança dentro da empresa de acordo com aquilo que tem que ser feito sem interferências e dando a diretriz principal que é levar saneamento de qualidade com regularidade para todas as cidades”, aprecia.

Em 4 anos, redes de esgoto chegam a 70,7%

Soavinski destacou ainda os avanços para a universalização da água e do esgotamento em Goiás. Segundo o presidente, em quatro anos o alcance de esgoto passou de 59% para 70,7%. “Conseguimos ampliar nossos serviços de esgoto nesses quatro anos. Saímos de 59% de cobertura de esgoto no estado para 70,7% de cobertura de esgoto. Hoje a água está praticamente universalizada”, argumenta.

Prova de capacidade

O novo marco regulatório obrigou as empresas de saneamento a indicar nos seus contratos a comprovação da capacidade financeira dos seus contratos e que fossem incluídas as metas do alcance de 99% da água e 90% do esgoto até 2023. “Passamos por uma prova de fogo. Fomos a primeira empresa a comprovar antes de o prazo se encerrar. Nosso balanço mostra um cenário excelente, não só financeiro e econômico, mas operacional também que são as expansões dos nossos serviços”, demonstra.

João Leite

“O que a gente trabalhou foi para dar regularidade e segurança hídrica. Para isso, fizemos ligações de sistema, como a dependência do Rio Meia Ponte e não tinha interligação do João Leite e com isso sobrecarregava o Meia Ponte. Trabalhamos para ter essa ligação e temos mais de 60% de Goiânia podendo ser abastecida com a água do João Leite.

Trindade

Tanto Trindade quanto a região Noroeste e Oeste de Goiânia foi uma região historicamente esquecida na parte de esgoto e, devido a expansão da cidade, havia também uma restrição da água. “Temos muitas obras de esgoto na região da Noroeste e de esgoto em Trindade é uma parceria de uma subdelegação com a BRK”. As obras de ampliação do Sistema de Abastecimento para essa região foi iniciada em janeiro, com previsão de conclusão para o final de 2023 ainda. São investimentos de R$ 43 milhões.