Conheça oito espécies brasileiras sob risco de extinção

02 março 2025 às 18h30

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O Brasil enfrenta um desafio urgente: a preservação de sua biodiversidade. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 360 espécies da fauna brasileira estão classificadas como Criticamente em Perigo, o grau mais alto antes da extinção.
Entre elas, oito espécies simbolizam a diversidade da fauna nacional e a luta contra a destruição ambiental. Confira:
1. Saíra-apunhalada (Nemosia rourei)

Uma das aves mais ameaçadas do mundo, com menos de 20 indivíduos conhecidos na natureza. Nativa da Mata Atlântica do Espírito Santo, a espécie sofre com a destruição de seu habitat devido à expansão agrícola.
2. Kaapori (Cebus kaapori)

Macaco amazônico que habita a divisa entre Pará e Maranhão, sua população caiu mais de 80% nos últimos 50 anos. O avanço do desmatamento, a caça e os incêndios ameaçam sua sobrevivência.
3. Peixe-serra-de-dentes-pequenos (Pristis pectinata)

Raia de grande porte que podia ser encontrada em todo o litoral brasileiro, mas que já é considerada extinta em várias regiões. A pesca excessiva e a destruição de manguezais reduziram drasticamente sua população.
4. Bagual (Austrolebias bagual)

Peixe endêmico do Rio Grande do Sul, que vive em lagoas temporárias e depende do regime de chuvas para reprodução. A expansão da agricultura ameaça seu habitat, colocando a espécie em risco crítico.
5. Jararaca-ilhoa (Bothrops insularis)

Encontrada apenas na Ilha da Queimada Grande, em São Paulo, essa serpente vive em um território de apenas 43 hectares. O tráfico de animais silvestres e queimadas históricas colocam sua existência em risco.
6. Pato-mergulhão (Mergus octosetaceus)

Uma das aves aquáticas mais ameaçadas do Brasil, com menos de 250 indivíduos na natureza. O turismo desordenado em rios do Cerrado e a poluição das águas prejudicam sua reprodução.
7. Sapinho-manicure (Holoaden bradei)

Anfíbio de pequeno porte encontrado apenas no Parque Nacional do Itatiaia (RJ/MG). Não há registros da espécie desde 1979, e cientistas temem que já esteja extinta.
8. Aranha-de-pernas-longas (Metagonia potiguar)

Endêmica de cavernas na Chapada do Apodi (RN), essa aranha sofre impactos da mineração e da exploração de petróleo. Sua área de ocupação é extremamente restrita, aumentando sua vulnerabilidade.
A conservação dessas espécies depende de ações urgentes, como a proteção de habitats e a implementação de políticas públicas voltadas para a preservação ambiental.