O Terno de Congo da Cidade de Goiás, uma das manifestações culturais mais simbólicas do estado, inicia nesta sexta-feira, 3, a turnê do projeto “Congo Vilaboense – Rumo ao Centenário de Tradição, Devoção e Resistência”. As apresentações gratuitas vão percorrer as cidades de Goiás, Itapuranga e Goiânia, reforçando a importância histórica e cultural da prática, que se aproxima de completar 100 anos.

A abertura da turnê será às 20h, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, na Cidade de Goiás. O público poderá acompanhar de perto a força simbólica de um ritual que reúne fé, música, dança, religiosidade e resistência da ancestralidade negra.

Comandado pelo Rei do Congo, Zezé de Arruda, o grupo é formado em grande parte por moradores da zona rural e mantém viva uma tradição que homenageia santos como Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, considerados símbolos de resistência das comunidades negras.

O projeto também reafirma o Congo como patrimônio imaterial vivo de Goiás, preservando oralidade, cantos, trajes e rituais que atravessam gerações. Para os organizadores, mais do que uma festa popular, a manifestação se coloca como um gesto político e cultural de combate ao racismo estrutural, reforçando o protagonismo das comunidades tradicionais na formação da identidade goiana e brasileira.

Programação da turnê

  • 3/10 – Cidade de Goiás (GO) – Igreja de Nossa Senhora do Rosário, às 20h
  • 5/10 – Itapuranga (GO) – Igreja de Nossa Senhora do Rosário, às 9h
  • 20/11 – Goiânia (GO) – Sede Social do Centro de Cidadania Negra do Estado de Goiás (CENEG-GO), às 9h
  • 22/11 – Cidade de Goiás (GO) – Mercado Municipal, às 20h

Todas as apresentações são gratuitas. O projeto conta com apoio do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás (FAC) e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult-GO).

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