Com viagens, discursos nas redes socais e busca pelo apoio de lideranças, os governadoriáveis lutam para atrair a confiança dos eleitores goianos

Após a desafiante saga de filiação partidária, encerrada em abril, o cenário de pré-candidatos ao governo de Goiás começa a ser desenhado com mais clareza. Até o momento, o Estado possui, ao menos, oito pré-candidatos que querem ser o próximo governador de Goiás. Com um nome ainda indeciso sobre a escolha e com duas mulheres no pleito, Goiás está entre as unidades federativas com maior número de postulantes ao cargo.

Entre os dias 20 de julho e 5 de agosto, os partidos podem realizar convenções partidárias para deliberação sobre coligações e, de fato, lançarem as suas chapas, de forma oficial. Até lá, os governadoriáveis se movimentam, com viagens, discursos nas redes socais e busca pelo apoio de lideranças.

Confira a movimentação dos pré-candidatos ao Governo por Goiás

Ronaldo Caiado (União Brasil)

O atual governador de Goiás conta com treze partidos para dar sustentação ao seu projeto de reeleição, possibilitando que saia na frente com o maior tempo de propaganda eleitoral. Com agenda diária cheia em todo o Estado, o chefe do Executivo Estadual leva diversos benefícios públicos para a toda população nos 246 municípios goianos.

Gustavo Mendanha (Patriota)

A indefinição de Mendanha lhe rendeu um partido nanico, o Patriota. Em suas mãos, já passou o PSD, PL e Progressistas. Recentemente recebeu o apoio do Republicanos que tem o pré-candidato ao senado, o deputado federal João Campos. Ao lado da deputada federal Magda Mofatto (PL), o pré-candidato a governador adotou a estratégia de percorrer as cidades goianas na busca de se tornar conhecido entre os eleitores. Nos últimos dias ele esteve na região oeste de Goiás.

Marconi Perillo (PSDB)

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) tem planejado fazer uma enquete junto à militância para saber qual cargo disputar no Estado, ao Senado ou ao Governo de Goiás. Mas, tudo indica, inclusive as propagandas partidárias veiculadas na TV e rádio pelo tucano, que irá concorrer pela quinta vez ao Palácio das Esmeraldas. No entanto, pretende jogar para a plateia, para mobilizar os apoiadores. Nesta semana, ele participou do 20º encontro de líderes do Movimento Desperta Goiás, na Cidade de Goiás.

Major Vitor Hugo (PL)

O retrato do bolsonarismo em Goiás, o fiel apoiador do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), é a carta na manga da direita conservadora em Goiás. Vítor Hugo brigou pelo apoio do PL, visto que, até então, havia sido declarado pelos ex-dirigentes da sigla em Goiás, Flávio Canedo e Magda Mofatto, sendo de Mendanha, independente de escolha partidária. Porém, ele conseguiu virar o jogo e agora se tornou presidente da sigla em Goiás. Ele tem feito reuniões diárias com líderes e associações vinculados a direita. Nessa semana ele participou de um evento em um clube de tiro em Aparecida de Goiânia.

Wolmir Amado (PT)

O petista, ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), tenta se eleger em um estado que, desde 1982, quando foram restauradas as eleições diretas, a sigla acumula derrotas no Estado. Nas redes sociais, o pré-candidato concilia publicações de agenda com postagens de fácil leitura onde apresenta tanto a si mesmo, quanto questões que deseja apresentar com os seguidores. Nesta semana ele participou de um evento na Câmara Municipal de Goiânia ao lado de aliados.

Edigar Diniz (Novo)

Pela primeira vez, o Novo lançou um pré-candidato ao Governo de Goiás. Diniz é formado em Ciências da Computação, mestre em Engenharia de Software e pós-graduado em Docência Universitária. Fundador e CEO da empresa Otimize-TI, o empresário é membro do conselho da Associação Guardiões do Amor Maior, movimento que realiza ações sociais voluntárias. O empreendedor defende que seu projeto é o único que propõe um rumo diferente da política tradicional no Estado. Além dos adversários com longo histórico político, Edigar também aponta movimentações semelhantes nos adversários que prometem uma nova atuação. Para o pré-candidato do Novo, o rompimento com as velhas figuras é um esforço possível, mas deve partir do povo, por meio do voto.

Cíntia Dias (PSOL)

Após mudanças, a presidente estadual do PSOL em Goiás, Cíntia Dias, foi escolhida como pré-candidata ao Governo de Goiás pela sigla. Ela entrou no lugar do professor Weslei Garcia, que agora tentará um cargo na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), indo para a sua terceira disputa pelo cargo. Dias participa diariamente de atos vinculados a pautas de defesa da esquerda, como em defesa da Amazônia, povos indígenas e ribeirinhos, direitos da comunidade LGBTQIA+, das mulheres, negros, dentre outras.

Helga Martins (PCB)

Com o Instagram bloqueado e Twitter sem publicações, a professora do curso de Direito na Universidade Federal de Jataí (UFJ) Helga Martins (PCB) não se apresenta como pré-candidata nas redes sociais. As únicas formas de conhecê-la como possível postulante ao cargo é lendo o pouco material jornalístico que é publicado sobre ela na imprensa local.