Confiança do comércio cai pelo quarto mês consecutivo
Leicilane Tomazini
26 julho 2019 às 11h21
COMPARTILHAR
Icec atingiu seu menor patamar desde o fim de 2018, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
Uma pesquisa realizada Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) constatou que Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu, neste mês de julho, seu menor patamar desde novembro de 2018.
Com 114,6 pontos, o Icec apresentou queda pelo quarto mês consecutivo, e redução de 1,1% em relação ao mês passado. Já em comparação ao mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 10,3%.
Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, “A queda na confiança dos empresários do comércio pode ser explicada pela percepção das condições atuais da economia, com uma baixa taxa de crescimento que se reflete nas vendas”. Mas reitera que a redução da confiança em julho, de 1,1%, foi menor que a de junho, de 1,7%: “Isso pode sinalizar uma tendência para o segundo semestre, a depender da continuidade das medidas que ajudem a destravar a economia, como as reformas da Previdência e tributária”.
Já o subíndice que mede as condições correntes da economia e do comércio (Icaec) foi o único abaixo da zona de satisfação, com 87,7 pontos, e com a maior variação negativa do mês, -2,7%, sendo a terceira subsequente.
Após retração nos últimos meses, as expectativas quanto à economia ficaram estáveis neste mês de julho, ao passo que a proporção dos empresários que esperam uma melhora econômica de junho para julho, diminuiu de 88,4% para 85,6%.
Ponto positivo
Apesar do recuo de 0,8% em julho, a expectativa de contratação de funcionários foi a única, entre os indicadores de investimento, acima do nível de satisfação, com 118,8 pontos. 64,2% dos varejistas ainda mantêm planos de contratação para os próximos meses. Já o percentual de empresários que relataram nível de estoque abaixo do adequado nos seus estabelecimentos comerciais, com 15,2%, aumentou pelo terceiro mês consecutivo, o que representa um indício de pessimismo em relação à capacidade de venda.