Novo concurso para a contratação de diplomatas foi aberto na segunda-feira, 15, pelo Itamaraty. São 50 vagas com salário inicial de 20,9 mil reais. Elaboradas pelo Instituto Rio Branco (um centro de excelência), as provas são consideradas difíceis, mas o salário é um dos melhores do serviço público brasileiro. Depois de algum tempo de estudos, o diplomata pode ser enviado para servir no exterior, onde falam, nas negociações e acordos comerciais e políticas com outras nações, em nome do Brasil. As embaixadas mais cobiçadas são as de Paris, Londres, Roma e Washington. Mas há outras embaixadas importantes, por exemplo na China, na Rússia e na Índia, países poderosos, política e economicamente,

O edital do concurso foi divulgado na sexta-feira, 12. O Itamaraty informa que, das 50 vagas, 10 são para candidatos negros e três são para pessoas com deficiência.

As inscrições poderão ser feitas até as 18h do dia 26 de julho pelo site do Cebraspe, a banca responsável pelo concurso. A inscrição custa 229 reais. Indivíduos que estiverem cadastrados no CadÚnico e aqueles que forem doadores de medula óssea — desde que inscritos em entidades aceitas pelo Ministério da Saúde — poderão ficar isentos de pagamento da taxa de inscrição.

O concurso do Itamaraty é dividido em duas fases. A prova objetiva, na primeira fase, deve ser realizada no dia 15 de setembro — em dois turnos: às 9h30 e às 15h. Será realizada em 27 capitais do país.

A segunda fase terá provas escritas de Língua Portuguesa, história do Brasil, geografia, língua inglesa, política internacional, economia e direito. A prova também terá redações, resumos, traduções de textos e questões discursivas. Data das provas: dias 12, 13, 19 e 20 de outubro. Serão realizadas só nas capitais que tiverem candidatos aprovados na primeira fase.

Os que forem aprovados vão estudar no curso do Instituto Rio Branco, que é uma espécie de universidade de graduação ou pós-graduação para diplomatas. No Itamaraty começa-se a vida profissional como terceiro-secretário. Há várias promoções. A consagração é se tornar embaixador — que é uma espécie de “presidente” das embaixadas, ou seja, o chefe global.

Escritores brasileiros foram diplomatas. Entre eles estão Vinicius de Moraes, Ribeiro Couto, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, William Agel de Melo (goiano de Catalão) e Rubens Ricupero. Dois diplomatas patropis contribuíram para salvar judeus que eram perseguidos pelos nazistas: Souza Dantas (o Schindler brasileiro) e Guimarães Rosa (sobretudo, sua mulher, Aracy Moebius, que trabalhou em Hamburgo, na Alemanha. Ela é uma espécie de Schindler brasileiro).