Segundo o Banco Mundial, Brasil permanece como um dos mais desiguais do mundo quando se trata da distribuição de renda entre seus habitantes

Goiânia | Foto: Reprodução

A Síntese de Indicadores Sociais 2020 divulgada nesta quinta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a concentração de renda apresentou queda em Goiás. A pesquisa leva em conta o cálculo do rendimento domiciliar per capita médio dos 20% da população que recebem os menores rendimentos e os 20% com maiores rendimentos.

Em 2019, as pessoas com os menores rendimentos ganharam em média R$ 289 per capita, enquanto os 20% com os maiores rendimentos tiveram em média R$ 3.289 per capita em Goiás. Na comparação com 2018, o valor médio recebido pela população com menores rendimentos foi de R$ 287, apresentando estabilidade em relação a 2019.

Porém, para as pessoas com os maiores rendimentos, o valor médio per capita foi de R$ 3.482 (R$ 184 a mais que em 2019). Com essa perda para as pessoas com maiores rendimentos, a diferença entre as menores e maiores rendas caiu. O cálculo dessa diferença resulta no índice de Gini. O índice é um indicador importante e amplamente utilizado em comparações internacionais.

Quanto maior o índice, maior a desigualdade e o Gini, que varia de 0 (perfeita igualdade) a 1 (desigualdade máxima, situação em que um indivíduo receberia toda a renda de uma economia). O índice de Gini no estado caiu de 0,471 em 2018 para 0,459 em 2019.

No Brasil, o índice sofreu uma queda ainda menor, saindo de 0,545 para 0,543. De acordo com harmonização de dados feita pelo Banco Mundial (World Bank), o Brasil permanece como um dos mais desiguais do mundo quando se trata da distribuição de renda entre seus habitantes.