Comurg será investigada por descarte irregular de chorume e desvio de verba pública
26 maio 2015 às 13h38

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Informação é que material é jogado na nascente do Córrego Caveirinha, na Região Norte. Vereadora também afirma que contratos estão sendo descumpridos
Será proposto ao Centro Apoio Operacional do Meio Ambiente e Urbanismo do Ministério Público de Goiás (MPGO) às 16 horas de quarta-feira (27/6) pedido de cópias dos contratos das empresas que fazem o transporte do chorume do lixo produzido na capital. O mesmo encaminhamento foi feito à Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e ao prefeito Paulo Garcia (PT). A intenção é saber se há desvio de dinheiro público e a prática de crimes ambientais.
Autora do requerimento, a vereadora Dra. Cristina Lopes (PSDB) disse ao Jornal Opção Online que há suspeitas da existência de máfia nos serviços. A tucana informou que há também relatos de ameaça de morte e perda de emprego casos servidores desobedeçam ordem de depositar o material na nascente do Córrego Caveirinha, o mais próximo da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), na Região Norte de Goiânia. “O chorume é o lixo do lixo do lixo e há riscos de contaminação dos trabalhadores e da água que será usada para regar plantações de alimentos que são distribuídos aqui”, exemplificou ela, que conferiu in loco a situação.
Segundo a vereadora, a constatação da suposta irregularidade surgiu em análise no projeto de reforma administrativa da prefeitura, quando avaliava, enquanto relatora, a transferência do gerenciamento do aterro sanitário da capital à Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma). Hoje, o espaço é comandado pela Comurg. Ainda circula a informação de que o dono de uma das empresas que alugam caminhões para a coleta de lixo seja filho de um diretor financeiro da empresa municipal, o que travaria futuras apurações.
Dra. Cristina afirmou que, após as 18 horas, rotineiramente caminhões despejam dejetos colhidos no aterro sanitário de Goiânia na nascente. O correto seria direcioná-los à ETE. Por isso, quer saber o que reza o contrato firmado entre empresas e o poder público, além da carga horária dos servidores.
A denúncia diz que os veículos são contratados em número maior, mas operam em menor quantidade: apenas cinco dos 14 caminhões fazem esse tipo de transporte. Por isso, nem todo o material é transportado de maneira integral e correta. “Eles são muito bem pagos para não realizarem a tarefa. Então, temos de acompanhar as investigações”, conclui.