Novo presidente de colegiado, vereador Carlim Café pretende verificar denúncias de irregularidades envolvendo o megaempreendimento do Marista

Vereador Carlim Café, do PPS | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

Durante sessão ordinária desta terça-feira (21/3), o vereador Carlin Café (PPS) apresentou requerimento solicitando à Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) as cópias de toda a documentação que embasou a concessão dos alvarás para o empreendimento Nexus Shopping & Business, que vem sendo construído no Setor Marista entre as avenidas D e 85.

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O vereador é presidente da Comissão de Habitação, Urbanismo e Ordenamento Urbano da Câmara Municipal de Goiânia e pretende verificar as denúncias de irregularidades envolvendo o megaempreendimento.

Em entrevista ao Jornal Opção, Carlim Café informou que, como acabou de assumir a presidência da comissão, espera se inteirar do assunto o mais breve possível. “Na condição de presidente tenho que ter uma noção do que vou trabalhar”, informou.

Sobre as já apresentadas e reiteradas irregularidades envolvendo o Nexus, o vereador alega ainda ser leigo no assunto e diz preferir não emitir nenhum tipo de opinião. Pondera que, caso encontre vícios no processo, irá tomar as medidas cabíveis, mas não especifica quais.

O Nexus foi no ano de 2016 objeto da Câmara de Goiânia por meio de um projeto de lei de autoria do ex-vereador Djalma Araújo (Rede) que prevê a cassação do alvará de construção da obra, levando em conta os fortes indícios de irregularidades no que diz respeito ao Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) apresentado pelo empreendimento à prefeitura.

Após trâmite na Casa de leis, entretanto, a matéria acabou tendo que ser postergada já no final do último ano durante votação que aprovou pedido de vistas dos vereadores Zander Fábio (PEN) e Denício Trindade (SD).

À época, ambos defenderam que o ato legítimo do Legislativo iria criar uma “insegurança jurídica” para o setor produtivo caso aprovado. Já o autor da proposta chegou a reconhecer, em plenário, que não havia condições de aprovar a proposta, sobretudo por conta do “lobby feito pelo setor imobiliário” entre parlamentares.