Comissão de ética conclui que Geddel usou cargo de ministro em interesse pessoal
15 dezembro 2016 às 15h42

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Comissão da Presidência da República determinou sanção de censura ética contra o ex-ministro da Secretaria de Governo
Em reunião realizada nesta quinta-feira (15/12), a comissão de ética da Presidência da República concluiu que o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB) utilizou do seu cargo para promover interesses pessoais, o que viola o código da administração pública. O relatório de Marcelo Figueiredo — que entendeu que houve conflito de interesse na postura do ex-ministro — foi aprovado por unanimidade.
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O órgão federal decidiu pela sanção de censura ética contra Geddel. A pena é uma espécie de repreensão pública pela conduta de uma autoridade, mas que não impede o exercício de novos cargos públicos.
Geddel deixou o governo de Michel Temer (PMDB) no mês passado, após ser acusado de pressionar o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de pressioná-lo para aprovar a construção de um prédio na Bahia, construção proibida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
De acordo com o presidente da comissão de ética da Presidência, Mauro Menezes, o ex-ministro da Secretaria de Governo cometeu irregularidade ao não informar ao órgão que havia adquirido um apartamento no prédio em questão. Ele também informou que a decisão do colegiado foi remetida ao Ministério Público Federal (MPF), para que sejam investigados os indícios de que Geddel cometeu irregularidades que devem ser analisadas na esfera criminal.