A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados acionou oficialmente o Conselho Tutelar de Brasília para investigar a conduta da deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC), que levou a filha, um bebê de colo, durante a ocupação da Mesa Diretora da Câmara em ato de protesto realizado na quarta-feira, 6.

No ofício nº 138/2025-P, assinado pela presidência da comissão, a CDHMIR solicita uma apuração rigorosa sobre a “possível exposição indevida de criança a risco”, destacando que a deputada ocupou de forma irregular e deliberada a Mesa Diretora, mesmo após alertas da Polícia Legislativa sobre intervenção possível. A criança permaneceu no local durante todo o protesto.

O documento reforça a preocupação com a segurança da criança, exposta a um ambiente de instabilidade, tensão institucional e risco físico, em violação ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), especialmente nos artigos 1º, 4º e 5º.

Deputada rebate

A postura da deputada gerou críticas entre parlamentares presentes, que classificaram a ação como o uso da própria filha como escudo humano para dificultar a retirada forçada pelas forças de segurança da Câmara.

Em resposta nas redes sociais, Júlia Zanatta admitiu o uso da criança como escudo, ironizando as críticas. A deputada afirmou que os ataques são uma tentativa de prejudicar sua atuação profissional por ser mulher, e disparou: “Canalhas!”.

Além disso, a Comissão de Direitos Humanos comunicou que solicitou à Polícia Legislativa o envio de informações detalhadas sobre o episódio para auxiliar na investigação.

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