CCJ aprovou com emendas projeto encaminhado pelo Executivo. Proposta pode ser incluída na pauta para primeira votação na próxima quinta-feira (29/12) 

Comissão de Constituição, Redação e Justiça | Foto: Alberto Maia/Câmara Municipal

A Comissão de Constituição, Justiça e Redaçãpo (CCJ) da Câmara Municipal de Goiânia aprovou nesta quarta-feira (28/12) matéria que autoriza o Executivo a vender áreas públicas para quitar dívidas do Instituto de Previdência dos Servidores do Município (IPSM), acumuladas desde 2002.

Com aprovação da comissão, o projeto deve entrar na pauta de votação da próxima quinta-feira (29/12), última sessão ordinária do ano e desta legislatura. Pela proposta, poderão ser vendidas áreas nos seguintes setores Park Lozandes, Jardim Goiás, Moinho dos Ventos e Portal do Sol, próximo ao Autódromo.

Em plenário, a repercussão da matéria foi negativa entre parlamentares da oposição. Se manifestaram contra os vereadores Clécio Alves (PMBD) e Djalma Araújo (Rede).Cristina Lopes (PSDB) chamou a proposta de “pedaladas fiscais” já que a justificativa do prefeito Paulo Garcia (PT) para enviar o projeto foi o de que esta é a única forma de adquirir recursos em espécie, em face da “crise que assola as finanças públicas municipais”.

Os vereadores da CCJ, por outro lado, justificaram que a aprovação foi feita em diálogo com representantes do funcionalismo público municipal, que são favoráveis à matéria, uma vez que que a dívida gera insegurança e preocupação aos pensionistas e aposentados.

Outro argumento é que sem a quitação da dívida, o município não consegue adquirir o Certificado de Regularidade Previdência (CRP), documento que comprova a regularidade dos Regimes Próprios de Previdência Social, tais como o IPSM. Na ausência do certificado, Estados e Municípios ficam impedidos de receber recursos da União.

Emendas

Foram apresentadas emendas, das quais a CCJ aprovou duas. Uma de iniciativa de Elias Vaz(PSB), presidente da Comissão, suprimindo o artigo 3ª que doava uma área de 20 mil metros quadrados para a Justiça Federal, uma vez que a mesma já foi tema de matéria aprovada ontem na última terça-feira (27/12).

A outra emenda é do presidente da Câmara, vereador Anselmo Pereira (PSDB) que determina que o dinheiro do leilão seja creditado automaticamente em conta corrente própria do IPSM com destinação indicada, ou seja, para pagamento dos débitos previdenciários do instituto.

A alteração aprovada é fruto de requerimento do Foro Sindical, que participou de audiência pública na Câmara Municipal na tarde da última terça-feira (27/12).

A primeira votação deve ocorrer na próxima quinta-feira (29/12), última sessão ordinária do ano e desta legislatura. A segunda votação, portanto, fica para a partir de 1º de fevereiro de 2017, quando o plenário retorna às suas atividades regulares e regimentais.