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Vereador e deputado estadual eleito, Eduardo Prado, fez duras críticas a iniciativa da gestão municipal sobre as duas obras, uma na Av. 136 e outra na Marginal Botafogo

Deputado eleito delegado Eduardo Prado fez críticas ao anúncio da prefeitura | Foto: Divulgação/Agência Câmara

A Prefeitura de Goiânia anunciou, na última semana, que irá construir uma trincheira e um viaduto na Avenida 136 e um viaduto na Marginal Botafogo. O secretário municipal de Infraestrutura, Dolzonan da Cunha Mattos, informou que as obras terão início ainda no primeiro semestre e custarão R$ 70 milhões.

Em seu perfil no Instagram, o vereador e deputado estadual eleito, Delegado Eduardo Prado criticou a iniciativa da Prefeitura. “Temos mais de cem obras paradas em Goiânia e anunciam que vão iniciar mais duas no valor de R$ 70 milhões, sem licitação”, escreveu.

De acordo com ele, foi indicado em seu relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras Paradas na Câmara de Vereadores, cerca de 120 obras não concluídas em Goiânia.
“Perdemos quase R$ 1 bilhão em recursos. Devolvemos milhões em recursos rederais mesmo com c=vários CMEI’s paralisados e crianças sem vagas”, falou Prado.

“As obras do BRT só andaram por conta das irregularidades que indicamos, do indiciamento do Prefeito Iris Rezende por Improbidade administrativa, momento em que ele correu e pediu socorro ao Ministério das Cidades”, comentou indignado.

As obras

O secretário municipal de Infraestrutura, Dolzonan da Cunha explicou que o projeto visa desafogar o trânsito na via durante o período de rush. A trincheira será construída no cruzamento com a Avenida 90 e o viaduto ficará no encontro com a Marginal Botafogo.

Dolzonan relatou que a trincheira que não precisa de licitação, vai interligar a construção do BRT no trecho Terminal Recanto do Bosque/Terminal Izidória. E por causa disso, esseaserá construída primeiro e tem um prazo de conclusão de seis meses.

“Assinamos um contrato com a Caixa Econômica Federal que nos garantiu R$ 80 milhões para a construção daquele trecho do BRT. Desse dinheiro, cerca de R$ 10 milhões vão para a trincheira. Por ser um processo mais simples, essa obra terá início ainda no primeiro trimestre”, disse.

Ainda de acordo com o secretário a obra é importante, dada a necessidade de resolver o problema do trânsito na região. “Foi uma determinação do prefeito Íris Rezende. Na região daquele cruzamento há uma grande concentração de prédios comerciais. Isso torna o tráfego muito difícil na hora do rush“, concluiu.

Viaduto na Marginal

Para o secretário, a construção do viaduto é uma consequência da trincheira. “Se fizermos a trincheira e não encontrarmos uma forma de desafogar o trânsito na altura da Marginal, teremos outro problema”.

Já o processo de construção do viaduto, de acordo com Dolzonan será mais demorado, uma vez que a obra é mais complexa e precisa de licitação. “A Seinfra afirmou que todo o processo burocrático deve ser finalizado para que o trabalho comece no segundo trimestre desse ano. A previsão de conclusão é de um ano e ela deve custar R$ 60 milhões”, disse.

Impacto

O gestor destacou ainda que os estudos sobre a necessidade das obras e do impacto das mesmas no trânsito da região está pronto desde o projeto do BRT, mas que ele precisará passar por alguns ajustes e atualizações, dada a alteração do fluxo de veículos da elaboração do projeto até hoje. “As alterações nos estudos são feitas pela Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) , que já comunicou que os estudos sobre o impacto e sobre as alterações no tráfego e nas linhas de ônibus ainda estão sendo feitas.