Após mais de dez horas de sabatina, senadores aprovaram indicação da presidente Dilma. Essa foi a segunda maior sabatina da história do Senado
O Senado aprovou na última quarta-feira (26/8) a recondução de Rodrigo Janot ao cargo de procurador-geral da República. Com 59 votos favoráveis, 12 contrários e uma abstenção, os senadores aprovaram a indicação da presidente Dilma Rousseff (PT) após mais de dez horas de sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Essa foi a segunda maior sabatina da história do Senado.
Janot respondeu principalmente questionamentos sobre a Operação Lava-Jato, mas houveram também perguntas sobre a parceria do Ministério Público com os três Poderes, a atuação do Ministério Público Federal na investigação das “pedaladas fiscais”, o Swissleaks e outros assuntos.
Ainda durante a sabatina, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), que já havia atacado Janot em discurso na tribuna do Plenário do Senado, fez acusações e debochou do procurador, afirmando que ele vaza informações sigilosas das investigações à imprensa e perguntando sobre o irmão do sabatinado, que, segundo Collor, era um “criminoso procurado pela Interpol”.
O procurador-geral da República chefia os Ministérios Públicos Federal, do Trabalho, Militar e do Distrito Federal e Territórios; preside o Conselho Nacional do Ministério Público e é ouvido em todos os processos do Supremo Tribunal Federal. O mandato para o cargo é de dois anos, mas a Constituição permite reconduções ilimitadas do titular.
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