Levantamento da Justiça Eleitoral identificou 15,6 mil documentos irregulares entre os dois pleitos. Goiás ficou na terceira posição geral

A Justiça Eleitoral divulgou, nesta sexta-feira (3/3), o número de fraudes em títulos de eleitor entre as eleições de 2014 e 2016. Neste período, foram identificadas 15,6 mil delas, de eleitores que se passaram por outras pessoas para emitir mais de um documento, o que é proibido por lei. Goiás ficou no terceiro lugar entre os estados, com 1.503 irregularidades encontradas.

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Apenas Alagoas e São Paulo tiveram mais títulos falsos, respectivamente, 2.188 e 1.733. Também em Goiás foi encontrado o recordista de fraudes, um único homem que conseguiu emitir 51 títulos de eleitor em diferentes cartórios. Apesar de conseguir os documentos, ele não pôde votar por causa da identificação biométrica.

Foi por meio da biometria, inclusive, que os títulos fraudulentos foram descobertos. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, já cancelou os documentos e enviou os dados ao Ministério Público Federal (MPF), porque eles podem ser denunciados criminalmente.

A expectativa do TSE é de que, na verdade, haja ainda mais fraudes, porque, atualmente, apenas 46,3 milhões dos 144 milhões de eleitores têm cadastro biométrico. A meta to tribunal é cadastrar toda a população até 2020 (Com informações da Agência Brasil).