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Deputado que presidia a sessão encerrou os trabalhos no plenário por falta de condições de continuar votação da pauta do dia

Deputados da oposição realizaram manifestação durante a sessão no plenário | Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
Deputados da oposição realizaram manifestação durante a sessão no plenário | Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

Agência Câmara

Devido à falta de condições para o prosseguimento da sessão, o 1º secretário da Mesa, deputado Beto Mansur (PRB-SP), encerrou a sessão do Plenário da Câmara desta quarta-feira (16/3) para a qual estava pautada a Medida Provisória 698/15, que viabiliza a concessão de garantia em operações de financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida cujas prestações são parcialmente custeadas com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

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Deputados da oposição gritavam no Plenário “renúncia, Dilma” após a publicação de áudio de conversa entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no qual tratam da nomeação de Lula para a Casa Civil e de possíveis tentativas de influência em decisões de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O áudio da conversa de hoje foi liberado pelo juiz Sérgio Moro, que autorizou o grampo por parte da Polícia Federal. Moro comanda investigações da Operação Lava Jato em relação a Lula quanto sítio em Atibaia (SP).

Em discurso no Plenário, o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) criticou o teor do áudio. “Depois de um diálogo como esse, antirrepublicano, é impensável um governo permanecer no poder”, afirmou Gomes, antes de ler a transcrição do trecho divulgado.

Por sua vez, o deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) ponderou que há diversas versões sobre a gravação e sugeriu que a Mesa da Câmara requisite a íntegra das interceptações. “Eu não vou repetir teor de gravação para não despertar debates em torno de um princípio da República [sigilo]. Se há essa tentativa de violação dos poderes, nós não podemos assumir uma postura passiva. Temos que requisitar a gravação”, disse Teixeira.