Com FTGS liberado para saque, educador financeiro orienta o melhor uso para cada caso
14 setembro 2019 às 12h50

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“Se você está em uma situação financeira confortável, a melhor orientação é tirá-lo imediatamente da conta corrente e direcioná-lo para uma aplicação que tenha melhores rendimentos”
Nesta sexta-feira, 13, foi liberado o saque do FGTS no valor de R$ 500 por conta [limite de R$ 1.500] para aqueles que nasceram de janeiro a abril. No dia 27 deste mês será a vez daqueles cuja data de nascimento varia de maio a agosto. O restante em 9 de outubro. O intuito do governo é injetar na economia R$ 30 bi, mas para o trabalhador existem maneiras certas e erradas de usar este recurso.
Segundo presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos, é preciso cuidado e evitar gastos desnecessários. Ele observa que muitos utilizam rendas extras em compras que não precisam e desprezam sua situação financeira atual. Com isso, entram em uma bola de neve de inadimplência.
“Se você está em uma situação financeira confortável, a melhor orientação é tirá-lo imediatamente da conta corrente e direcioná-lo para uma aplicação que tenha melhores rendimentos”, exemplifica. De fato, em cada caso ele aponta uma direção.
Inadimplência
Para aqueles que estão inadimplentes, ele diz que, caso seja possível pagar toda a dívida com o valor sacado à medida é interessante. Mas ainda assim ele aconselha a negociação para conseguir descontos.
Se não der para quitar na totalidade, ele aconselha sacar o valor e investir para ter força de negociação futura. De qualquer forma, ele sugere a reeducação.
“O primeiro passo é olhar para a sua situação de forma honesta e levantar todos os números, traçando um planejamento para renegociar a dívida – agora ou no futuro – em parcelas quem respeitem o orçamento mensal”.
Equilíbrio
Se a situação for equilibrada ou para investir, ele atenta para metas. Ele não recomenda compras supérfluas, mas que esse dinheiro seja usado para contribuir para a realização de um “sonho”.
Em relação a isso, ele afirma que é preciso ter um de curto prazo (a ser realizado em um ano), outro de médio prazo (entre um e dez anos) e outro de longo prazo (a ser realizado a partir de dez anos). O ideal aqui é investir em locais que rendam mais do que o FGTS, atualmente em 3% ao ano, sendo que a modalidade escolhida deverá condizer com o prazo da conquista do “sonho”.