As transações realizadas pelo Pix somaram 2,29 milhões nos primeiros 14 dias de janeiro, representando uma redução de 15,3% em relação ao mesmo período de dezembro. Embora janeiro costume apresentar uma diminuição nas transferências instantâneas, a queda deste ano é a maior já registrada para a primeira quinzena desde o lançamento do sistema em 2020.

Motivos da queda

A retração ocorre em meio a dúvidas relacionadas a uma nova medida que exige das instituições financeiras a comunicação à Receita Federal de transações acima de R$ 5 mil por mês realizadas por pessoas físicas. Além disso, a circulação de fake news alegando que o Pix passaria a ser taxado pela Receita contribuiu para a incerteza entre os usuários.

Impacto das fake news

Especialistas apontam que desinformações sobre o sistema podem desestimular o uso do Pix, mesmo sem mudanças concretas na cobrança ou funcionamento. O Banco Central e a Receita Federal já desmentiram os boatos, destacando que o Pix continua sendo gratuito para pessoas físicas e que a nova regra de declaração não representa uma taxação.

Dados do Banco Central

O Banco Central (BC) acompanha diariamente o desempenho do Pix e registrou a queda histórica no início de 2025. Apesar disso, o sistema de transferências instantâneas segue sendo o meio de pagamento eletrônico mais utilizado no Brasil, com alta adesão entre os consumidores e comerciantes.

Esclarecimento ao público

Para combater as informações falsas, o BC e a Receita Federal intensificaram campanhas educativas, reforçando a segurança e a gratuidade do sistema para usuários. A expectativa é que o esclarecimento reduza as incertezas e normalize os volumes de transações nas próximas semanas.