No primeiro semestre de 2021, o mercado registrou a venda de 4.076 imóveis contra 3.023 no mesmo período do ano passado

De acordo com o levantamento da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado de Goiás (Ademi-GO), realizado pela Brain Inteligência Estratégica, divulgado nesta quinta-feira, 02, aponta para o crescimento no mercado imobiliário. No primeiro semestre de 2021, o mercado registrou a venda de 4.076 imóveis contra 3.023 no mesmo período do ano passado. Os dados mostram o crescimento de 35% no mercado de novas unidades comercializadas.

No primeiro semestre de 2021, a quantidade de unidades lançadas disparou mais de 50% em relação ao mesmo período de 2020. Foram disponibilizadas 3.501 propriedades contra 2.330 lançadas no ano anterior. Em Volume Geral de Vendas (VGV), o aumento chegou a 175%, saltando de R$ 785 milhões para R$ 2,156 bilhões, ou seja, quase o triplo.

Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), apresentados pelo sócio consultor da Brain, Marcelo Gonçalves, mostram alta nos financiamentos imobiliários do país. Em 2017, foram financiados R$ 43 bilhões.

Em 2020, R$ 124 bilhões de financiamentos imobiliários no país, três vezes mais comprados com o ano de 2017. “Enquanto, apenas no primeiro semestre de 2021, R$ 97 bilhões. A estimativa da Abecip para o segundo semestre é de R$ 98 bilhões, chegando ao final do ano com quase R$ 200 bilhões financiados dentro do mercado imobiliário nacional”. relatou Marcelo.

Imóveis verticais com dois dormitórios estão entre os mais lançados e vendidos no segundo trimestre de 2021: 1.154 unidades lançadas e 1.099 vendidas contra 407 lançadas e 1.040 vendas registradas no primeiro trimestre deste ano. Em segundo lugar estão os apartamentos de três quartos, com 1.064 lançamentos e 899 unidades comercializadas.

Os estoques estão concentrados nos setores Bueno (1.360), Marista (920), Faiçalville (355) e Parque Veiga Jardim e Setor Oeste, empatados com 346 unidades cada. Na Capital, enquanto o preço médio do metro quadrado privativo gira em torno de R$ 5.865, o setor Marista lidera como o bairro com o valor do metro quadrado privativo mais alto, ao preço de R$ 7.408, seguido pelo Setor Oeste (R$ 6.910), Bueno (6.639) e Serrinha (5.754). Os bairros Setor Bueno e Setor Marista são responsáveis por 28,4% do total do estoque do mercado residencial vertical.

Segundo o presidente da Ademi-GO, Fernando Razuk, o mercado imobiliário vem se surpreendendo positivamente nos últimos meses. “No ano passado com a pandemia, principalmente nos meses de março a maio, as vendas travaram. Mas de junho para cá, o mercado se surpreendeu com o aumento das vendas. Esse ano deve ser o maior em volume de vendas da história do mercado imobiliário do Brasil”.

Fernando Razuk pontua que a alta no mercado é consequência da baixa taxa de juros e o volume de crédito e de financiamento imobiliário, mesmo com a alta da taxa Selic. Para ele, outra situação que impulsionou as vendas foi o período crítico da pandemia com as pessoas mais tempo em casa e perceberam a necessidade de morar melhor. E, ainda, a valorização dos imóveis atraiu muitos investidores.

Para o presidente da Ademi-GO, o desafio do setor é a alta nos custos e falta de insumos na construção civil com a maior inflação dos últimos 40 anos. E, ainda, um descompacto entre oferta e demanda de matérias, impactando no andamento das obras e na projeção o aumento de custos para evitar prejuízos.