Com clamor “Volta Iris”, líder do PMDB não elimina possibilidade de concorrer ao governo
13 maio 2014 às 19h46
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Populares e integrantes da legenda clamaram ao ex-governador sua permanência no páreo para a disputa eleitoral deste ano
Uma pequena multidão lotou no fim da tarde desta terça-feira (13/5) o escritório do ex-governador Iris Rezende em busca de uma resposta do líder quanto ao recuo de sua pré-candidatura. Embalados pelo coro “Volta Iris”, populares e integrantes do PMDB Mulher, que organizou o evento, ouviram do político que seu nome estará sempre à disposição do partido. “Seja eu ou não candidato, eu vou morrer lutando por Goiás”, discursou Iris Rezende em um palanque improvisado no estacionamento de seu QG.
Em entrevista à imprensa, Iris afirmou que vê com naturalidade o apoio popular em prol de seu nome. Ele reiterou que sua posição de recuar como pré-candidato foi uma maneira de evitar uma cisão no partido em possíveis prévias, ou mesmo na convenção partidária.
O ex-prefeito reforçou ainda que não ficará omisso ou indiferente caso sua participação seja solicitada na disputa eleitoral deste ano. No entanto, o líder peemedebista lembra que o partido possui um pré-candidato (o empresário Júnior Friboi), e que este conta com o apoio de três dos quatro deputados federais da legenda, cinco dos sete deputados estaduais e um número considerável de prefeitos.
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“Até agora não estou vendo essa necessidade. Não estamos órfãos de candidatura. Eu já disse que a minha posição é de obediência às decisões partidárias. Nunca fugi à convocação. É o partido que vai tomando essas decisões com muita prudência”, acrescentou.
Apesar do apoio partidário creditado a Friboi, aliados de Iris argumentam que o empresário não possui credibilidade política suficiente para ganhar as eleições, bem como apresenta dificuldade com o andamento de sua pré-campanha. O dono do frigorífico JBS realizou nesta terça-feira uma cirurgia de hérnia umbilical e poderá ficar em repouso por cerca de 15 dias, sobrando a ele cerca de um mês para tentar se viabilizar como candidato até as convenções do partido no dia 30 de junho. Inclusive, o procedimento cirúrgico de Friboi foi motivo de críticas por parte da ala pró-Iris durante a movimentação no escritório do ex-governador.
Quando o assunto é a possibilidade de Iris concorrer ao Senado ou a qualquer outro cargo que não o de governador, também há um consenso entre os iristas. “Ele não aceita. É fato. Parece que os friboizistas não sabem o que fazem”, declarou um peemedebista que preferiu não ser identificado.
Para o vereador Mizair Lemes, mesmo após o recuo do líder político, o PMDB segue polarizado. Em entrevista ao Jornal Opção Online nesta terça-feira, o peemedebista reforçou que, até as convenções da sigla, o líder pode voltar atrás em sua definição atual e sair como candidato a governador. “Até lá pode acontecer muita coisa. No entanto, não podemos trabalhar com possibilidades. Vamos ver quais serão as movimentações do candidato Friboi e, aí sim, o partido como um todo vai tomar uma decisão”, argumentou.