Ex-presidente foi recebido por militantes nas proximidades do prédio da Justiça Federal. Previsão é de que o depoimento dure cerca de cinco horas

Antes de chegar ao prédio da Justiça Federal, Lula foi cumprimentado por militantes | Foto: Divulgação / Ricardo Stuckert

O tão aguardado depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sérgio Moro acontece a portas fechadas na tarde desta quarta-feira (10/5), na sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba. Do lado de fora, militantes contrários e a favoráveis ao petista se mobilizam desde às primeiras horas do dia e mudam a rotina da capital paranaense.

Após sucessivas derrotas na justiça que tentavam adiar o depoimento, o presidente Lula chegou ao prédio da Justiça Federal por volta das 14 horas da tarde. Ele chegou vestindo uma gravata com as cores do Brasil, como a que usou em sua posse em 2002 e a que costumava usar em eventos oficiais no exercício da presidência.

Antes de chegar ao local do depoimento, isolado por forte esquema de segurança, Lula desceu do carro, abraçou militantes e caminhou empunhando uma bandeira do Brasil. Ele chegou acompanhado dos senadores petistas Gleisi Hoffman (PR) e Lindbergh Farias (RJ). Mais cedo, ele havia sido recebido no aeroporto pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

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A previsão é de que o depoimento dure cerca de 5 horas. Às 18 horas, advogados da defesa darão entrevista coletiva à imprensa. Ainda nesta quarta-feira, na parte da noite, Lula deve participar de ato na região da Boca Maldita, na capital paranaense para o qual estão confirmadas as presenças da ex-presidente Dilma e outras lideranças petistas.

O depoimento não tem qualquer tipo de transmissão ao vivo e, para evitar vazamentos, foi proibido inclusive o uso de celular. A Justiça Federal do Paraná se comprometeu em liberar a íntegra do vídeo do depoimento em no máximo 1 hora após o término.

Apenas o juíz Sérgio Moro, servidores que trabalham na audiência, advogados e membros do Ministério Público Federal receberam autorização para entrar no prédio. O expediente para os demais funcionários foi suspenso.

O ex-presidente é ouvido no âmbito do processo no qual é acusado de receber propina da empreiteira OAS por meio das reformas de um apartamento triplex no Guarujá, litoral de São Paulo, e de um sítio em Atibaia, no interior do estado. A defesa do ex-presidente nega que ele seja dono dos imóveis.