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Especialista avalia que há sim risco da doença chegar ao país, uma vez que o mundo é globalizado

O vírus da varíola dos macacos já foi registrado em 12 países, de três continentes diferentes. Desde o dia 7 de maio, quando o primeiro paciente foi diagnosticado no Reino Unido, já são mais de 100 registro. O primeiro caso ocorreu em uma pessoa que retornou de viagem da Nigéria, na Africa. A doença é considerada endêmica no continente africano. Atualmente, o primeiro caso na Alemanha, é de um brasileiro de 26 anos, que vinha de Portugal passando pela Espanha.

A maioria dos casos não tem associação com a passem por locais de transmissão da doença, o que intriga especialistas e levanta o questionamento se é possível a doença chegar ao Brasil. Para o jornal O Globo, o médico Salmo Raskin, geneticista e diretor do Laboratório Genetika, em Curitiba, analisa que há sim risco da doença chegar ao país. Isto porque, em um mundo globalizado, isso é possível, basta comparar com os casos de Covid-19 e também da hepatite misteriosa em crianças.

Com isso, o especialista acredita que o ideal seria colocar em prática um sistema de vigilância, semelhante ao que foi organizado pelo Ministério de Saúde para monitorar os casos suspeitos de hepatite em crianças. Até o momento, não se sabe o que gerou esse surto da doença em vários países. A transmissão da doença entre humanos se dá pelo contato com lesões, fluidos corporais, compartilhamento de materiais contaminados e vias respiratórias. Embora a varíola dos macacos seja infecciosa e transmissível, é rara fora de partes do continente da Africa, onde o vírus é endêmico.

*Com informações do jornal O Globo