Com candidatura em risco, Biden comete nova gafe e chama Zelensky de Putin

O atual presidente dos Estados Unidos e candidato à reeleição, Joe Biden, cometeu nova gafe. O mandatário norte americano chamou Volodymyr Zelensky, atual presidente da Ucrânia (país em guerra com a Rússia), de Putin (presidente russo) durante encerramento da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A fala aconteceu na última quinta-feira, 11, em Washington, e Zelensky estava ao lado de Biden na ocasião. 

O erro aconteceu em momento crítico para a campanha de Biden. Após o debate do dia 27 de junho, entre o atual mandatário da Casa Branca e o ex-presidente republicano Donald Trump, todas as atenções se voltaram ao candidato democrata à reeleição. Durante o debate com Trump, Biden apresentou dificuldade para completar  raciocínios e terminar frases, e isso levantou um movimento nos bastidores para substituir o atual presidente na disputa eleitoral deste ano. 

Um pouco mais tarde, na noite do dia 11, Biden confundiu sua vice-presidente, Kamala Harris, com Trump. Durante coletiva de imprensa após o encontro da Otan, o presidente norte americano respondeu ao questionamento de um jornalista sobre a capacidade de Kamala derrotar Trump dizendo: “Eu não teria escolhido Trump se não achasse que ela teria chance de vencer”.

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Figuras aliadas à Biden participaram de reuniões a fim de definir o futuro da candidatura democrata, que começa a ser questionada até mesmo por financiadores do partido. O ator George Clooney (importante financiador democrata), âncora George Stephanopoulos, Pete Aguilar (porta-voz democrata na Câmara) e Nancy Pelosi (antiga presidente da Casa de Leis estadunidense) são alguns dos nomes que começam a discutir a viabilidade do nome de Biden. 

Senadores e deputados se reuniram no início dos encontros da Otan a fim de discutir o futuro de Biden, mas não chegaram a um consenso. Agora, os passos do atual presidente vão ser observados de perto por seus adversários e aliados. Enquanto isso, Biden segue reafirmando que não vai abrir mão de sua candidatura.  

Kamala Harris

Ao mesmo tempo que a popularidade do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sofre desgaste, a imagem de sua vice-presidente, Kamala Harris, começa a ter destaque nas pesquisas de intenção de voto estadunidenses. 

Em ao menos três pesquisas eleitorais realizadas após o debate entre Biden e Trump realizado no dia 27 de junho, Kamala apresenta melhor desempenho em disputa direta contra o ex-presidente republicano. 

O levantamento ABC-WashingtonPost-Ipsos, divulgado na última quinta-feira, 11, mostra a atual vice-presidente com 49% das intenções de voto, enquanto Trump aparece com 47% . Considerando a margem de erro de dois pontos percentuais, os dois estão em empate técnico. 

Seja Biden na disputa, Kamala ou até mesmo Hillary Clinton, o pleito contra o republicano Donald Trump deve ser acirrado, com empate técnico em todos os cenários. Enquanto isso, a atual vice-presidente começa a endurecer seus discursos contra o ex-presidente e as articulações dentro do partido democrata para substituir Joe Biden se intensificam. 

Vale lembrar que o presidente dos Estados Unidos não é eleito diretamente pelo voto do cidadão comum, mas sim pelos votos dos delegados escolhidos em cada colégio eleitoral. Em 2016, por exemplo, Hillary Clinton foi derrotada por Donald Trump apesar de ter a maioria absoluta dos votos. 

As eleições estadunidenses acontecem em novembro deste ano.