Órgão regulador aprovou a compra a sete estados nesta terça-feira, 15; quantidade a ser comprada varia entre cada unidade federativa e equivale a 1% de sua população

Vacina russa contra Covid-19, Sputnik V | Foto: Reprodução

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou os estados de Goiás, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Amapá, Paraíba, a importarem a vacina russa contra Covid-19, Sputnik V. A aprovação de compra foi realizada nesta terça-feira, 15, por meio do Circuito Deliberativo nº 539/2021. Nas redes sociais, o governador Ronaldo Caiado comemorou a novidade.

“Ótima notícia: Anvisa deu aval para Goiás importar excepcionalmente a vacina Sputnik V”, disse. Caiado ainda anunciou que serão adquiridas 142 mil doses do imunizante contra a Covid-19, para que 71 mil goianos (1% da população) sejam vacinados. “Esse é o limite permitido pela agência para estados que pediram autorização. O importante é vacinar a nossa gente!”, completou.

Na deliberação, Goiás foi o segundo estado em quantidade de doses a serem importadas. Em primeiro lugar está o Pará, que deve comprar 174 mil vacinas. A quantidade de vacinas a serem compradas varia de acordo com a população estadual de cada um deles, uma vez que as unidades federativas têm autorização de importar o suficiente para imunizar 1% de sua população.

De acordo com a Anvisa, a importação deverá ser realizada sob condições controladas. Assim, foram estabelecidas regras aos requerimentos. Entre elas, como já deliberado na 9ª Reunião Extraordinária Pública da Diretoria Colegiada, na última sexta-feira, 4, a de que o imunizante deverá ser destinado a adultos saudáveis, entre 18 e 60 anos. Assim, não é recomendada para gestantes, puérperas, lactantes e indivíduos com comorbidades, entre outras deliberações.

“A maior parte das ressalvas depende da Rússia. Nós tramitamos ao mesmo tempo a autorização e a contratação. Com a decisão favorável, já estamos na fase de assinatura do contrato”, assegura o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino.

Além disso, as doses só poderão ser aplicadas após liberação por parte do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). A Anvisa ainda espera receber relatórios periódicos de avaliação sobre o benefício-risco do imunizante produzido pelo Instituto Gamaleya, na Rússia. A vacina deverá ser usada em condições controladas segundo estudo de efetividade acordado pela Anvisa. O órgão regulador ainda terá o poder de suspender, a qualquer momento, a importação e a distribuição das doses.