Com alto custo e baixa procura, orelhões desaparecem das ruas

Em 2004 existiam 51.239 aparelhos disponíveis em Goiás, já nos dias de hoje é possível encontrar 5.835 espalhados em todo estado

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Os orelhões estão desaparecendo das ruas. Em Goiás, atualmente, existem 5.835 telefones públicos, dos quais 985  estão em manutenção. Conforme os dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em 2004 existiam 51.239 aparelhos disponíveis nas cidades goianas. Em 2014 o número caiu para 27.984.

A instalação e manutenção desses aparelhos não é mais considerada estratégica para as operadoras que os mantém. Além de ter baixa procura nos dias de hoje, o serviço tem um custo alto.

A Anatel explica que em “decorrência dos avanços tecnológicos e da adequação das necessidades de serviços pela sociedade, o Decreto de número 10.610, que aprovou novo Plano Geral de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado Prestado no Regime Público (PGMU V) trouxe algumas alterações”. Dentre as mudanças está o fato de não ser mais obrigatório manter orelhões a cada 300 metros nas localidades atendidas com acesso individual e de garantir a densidade de quatro orelhões para cada mil habitantes por município. 

O plano é reduzir de 50% para 10% a quantidade de terminais instalados em locais acessíveis ao público 24 horas por dia.

Museu

Na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, o último telefone público de rua foi retirado da Times Square em maio deste ano. O item foi levado para o Museu da Cidade de Nova York como uma peça rara dos tempos antes de os celulares se tornarem tão populares.

A maioria dos orelhões da cidade foi enviada ao ferro-velho em 2020. Mais de 7.500 telefones públicos foram substituídos por aproximadamente 2 mil quiosques LinksNYC – aparelhos com 9,5 pés de altura (2,9 m) nos quais ficam dois monitores de alta definição de 55 polegadas, com acesso à internet gratuita, estações de carregamento USB e telefones que permitem realizar chamadas também sem custo.