Cinco excelentes filmes de terror, mas que você definitivamente não deveria assistir

17 junho 2025 às 19h14

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O gênero do terror no cinema costuma dividir o mundo em dois: ou você ama, ou odeia. Não há meio termo. E quem é realmente fã desse segmento cinematográfico conhece uma premissa antiga: o bom filme de terror não dá susto, dá medo. Ele constrói a narrativa desde o início com angústia e horror, fazendo com que o espectador roa as unhas de tensão, sinta um frio na barriga ao longo da história e alívio quando os créditos finais sobem na tela.
Pensando nisso, o Jornal Opção separou 5 obras do cinema que são ótimos em ser terríveis. Ou seja, despertam as piores emoções (medo, angústia, ansiedade) naqueles que os assistem e que, ainda assim, rasgam elogios pelo fato de o filme cumprir seu verdadeiro objetivo, que é causar desconforto e medo.
Assista por sua conta e risco. O aviso foi dado.
1. A Fronteira
O filme francês, de 2007, é dirigido por Xavier Gens e conta a história de um grupo de amigos, que inclui uma jovem grávida, fugindo da turbulência política de Paris após uma eleição suspeita. No meio de uma “aventura” de furtos e roubos, os amigos vão parar em um albergue no meio do nada administrado por neonazistas canibais.
O bom (ou ruim, para alguns, dependendo do ponto de vista) dos filmes de terror europeus é que eles não impõem limites na trama. Como diz o bom e moderno português, “metem o louco”. O filme em questão é repulsivo, nojento, e um prato cheio para os fãs do gênero. Ah, e o filme tem a cena mais realista já vista retratando uma pessoa em estado de choque.

2. A Centopeia Humana
Grotesco. É como qualquer pessoa normal resumiria esse filme, que conta a história de duas jovens que, buscando ajuda após o carro quebrar, são raptadas e trancadas num hospital abandonado, Um dito cirurgião aposentado inicia um experimento médico atroz envolvendo as duas jovens. Nem mais detalhes, digamos que o título do filme passa uma ideia precisa do que acontece. O filme é de 2010 e dirigido por Tom Six.

3. O Babadook
Aqui não há vísceras, matança e nem nada disso. Mal há sangue. O objetivo do filme é perturbar sua mente com uma narrativa claustrofóbica de medo e alucinação. A história gira em torno de uma mãe solo que perdeu o marido há pouco tempo e tenta lidar com o peso do luto junto com o filho pequeno. Uma criatura identificada como Babadook, oriunda de um livro misterioso, passa a aterrorizar a família. Porém, nada é o que parece.
Um conselho? Assista a esse filme em um dia ensolarado para equilibrar o ambiente. O filme australiano, de 2014, é dirigido pela talentosíssima Jennifer Kent.

4. O Mal que nos Habita
A impressão que se tem é que esta produção argentina, dirigido por Demián Rugna, é uma resposta às reclamações dos fãs de terror. Algo como: “É terror que vocês querem? Então tomem logo!”. O filme, que tem cerca de 1h40min de duração, se propõe a ser maligno a qualquer custo. Chocar pelo inconcebível e aterrorizar pelo desumano. E consegue isso de forma impressionante.
A obra de 2023, que tem como ponto central uma possessão demoníaca – mas nada com o que estamos acostumados a ver no mainstream, não oferece momentos para respirar. Enquanto se recupera da cena em que uma esposa mata seu marido com um machado, e depois se mata, após o homem matar de forma equivocada uma cabra sob influência demoníaca, o espectador já se depara com a imagem de um cachorro correndo pela rua carregando uma pequena menina pelo pescoço.

5. Fale Comigo
O filme de 2023 dos irmãos Philippou pode ser descrito como um mergulho angustiante no terror psicológico contemporâneo. A história gira em torno de um grupo de jovens que trata a possessão por espíritos como uma droga recreativa, algo pra se brincar e ter prazer. Especificamente uma jovem, Mia, que vê no mundo dos espíritos uma oportunidade de se conectar com sua mãe, morta tragicamente. O filme não reinventa o gênero, mas entrega uma experiência marcante – até demais. Assista com cautela.

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