Cida Tomazini acha que vai ganhar por WO, mas pode ser surpreendida por peemedebista
06 fevereiro 2016 às 14h22

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A prefeita de Pires do Rio, Cida Tomazini (PSDB), acha que vai ser reeleita em 2016, como dizem no interior, “com o pé nas costas”. Sem opositores fortes, a tucana caminha para seu quarto mandato à frente da prefeitura da cidade, localizada a 150 quilômetros da capital.
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Brinca-se que ela pode ganhar a eleição por WO: até agora, não há candidato da oposição disposto a enfrentá-la. Até agora.
No entanto, na calada da noite (mantendo as expressões interioranas), o atual presidente do PMDB de Pires do Rio, Marco Aurélio Santana, o Pita, articula sua candidatura à prefeitura. Experimentado nas urnas (é ex-suplente de vereador), o peemedebista aposta que, se não houver mais candidatos, pode ganhar de Cida.
A tese do PMDB na cidade não é completamente equivocada. Afinal, a tucana perdeu a eleição de 2012 e só obteve sucesso porque o eleito, Luiz Pitaluga (PSD), foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) no ano seguinte.
De acordo com o TRE, além de cassar os diplomas tanto do prefeito quanto do vice (José Antônio Silva) — foram condenados por compra de votos e abuso de poder –, ambos ficaram inelegíveis até 2020.
Sem Pitaluga — único opositor que teria chances reais de derrotar Cida Tomazini –, o cenário se torna favorável ao tucanato. Mas Marco Aurélio pode surpreender.
Em geral, todos os prefeitos do Brasil — nenhum Estado está livre — vão mal. A atual situação do País, somada ao vergonhoso Pacto Federativo, deixa os gestores municipais de mãos atadas. Se não tiver criatividade, não consegue trabalhar.
Cida Tomazini é uma prefeita regular. Não é corrupta, mas não surpreende. E é por isso que o PMDB, com Marco Aurélio, tem chaces de vencer. Tudo dependerá do discurso que ele construirá durante a campanha.
Há outro fator importante: a família Tomazini é uma das mais ricas de Goiás. Especula-se que são bilionários. Marco Aurélio precisa estar disposto a “por a mão no bolso” — afinal, não haverá financiamento privado de campanha em 2016. Pior: terá que brigar com a “máquina”.
Vale destacar que Marco Aurélio Santana, mesmo na oposição há anos, é amigo — amigo mesmo — da família Tomazini.