CGU registra cerca de duas denúncias de assédio por dia, incluindo em universidades federais
07 setembro 2024 às 17h00
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Em 2024, a Controladoria-Geral da União (CGU) registrou 557 denúncias de assédio, o que corresponde a uma média de duas denúncias por dia. Esses números destacam que o caso do ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, não é uma ocorrência isolada no governo. As denúncias, que envolvem especificamente servidores públicos, são formalmente registradas nos respectivos órgãos, incluindo universidades federais.
A CGU tem registrado um aumento alarmante nas denúncias de assédio sexual no setor federal. Em 2023, foram contabilizados 920 casos, o maior número desde que os registros começaram. Em comparação, 2022 viu 531 denúncias, e em 2021, foram 178.
As denúncias são registradas por auditores da CGU em um sistema que acompanha cada procedimento aberto. Em 2024, a maioria das denúncias está associada a órgãos vinculados ao Ministério da Saúde e a universidades federais. Tanto a CGU quanto o Palácio do Planalto não comentaram sobre o assunto.
Os auditores da CGU são responsáveis por classificar cada denúncia como assédio sexual e centralizam os casos recebidos das ouvidorias. Quando necessário, novos elementos de prova são incluídos antes de encaminhar os casos para investigação pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal.
O Ministério das Mulheres destacou, em nota, que qualquer forma de violência e assédio contra mulheres é inaceitável e contrária aos princípios da Administração Pública Federal e da democracia. É fundamental que todas as denúncias sejam investigadas de forma ágil e rigorosa, com uma abordagem de gênero, assegurando a credibilidade das vítimas e responsabilizando os agressores de maneira exemplar.
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