Cesta básica em Goiânia tem quinto maior aumento do país
08 fevereiro 2022 às 16h26

COMPARTILHAR
Com base no custo da cesta mais cara, Dieese calcula que salário mínimo no Brasil deveria ser R$ 5.997,14
A capital goiana é uma das cinco cidades brasileiras que tiveram altas mais expressivas na variação mensal no preço da cesta básica. A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioecômicos (Dieese) analisou, no total, 17 capitais. As que apresentaram um aumento maior foram Brasília com 6,36%; Aracaju com 6,23%; João Pessoa com 5,45%; Fortaleza com 4,89% e Goiânia com 4,63%. Em nota a imprensa,
O levantamento também calculou quanto deveria ser o salário mínimo para a manutenção de uma família de quatro pessoas. Com base no custo da cesta mais cara, o valor deveria ser de R$ 5.997,14. Atualmente, o valor é de R$ 1.212, o que é equivalente a menos 4,95 do valor necessário. Em Goiânia, o valor atual da cesta está em R$ 624,91.
O estudo do departamento também revelou o tempo médio necessário para adquirir os produtos de uma cesta básica. Em janeiro deste ano, era necessário cerca de 112 horas e 20 minutos. Já no mês passado, o tempo foi de 119 horas e 53 minutos. A atual porcentagem do salário mínimo líquido, em Goiânia, é de 55,74%. Com isso, o tempo de trabalho necessário para adquirir uma cesta básica é de 113 horas e 26 minutos.
O preço dos alimentos foi outro aumento apontado na pesquisa. O quilo do café em pó subiu em todas as capitais analisadas na comparação com dezembro. Segundo o Dieese, “a expectativa de quebra da safra 2022/2023 e os menores estoques globais de café elevaram tanto os preços internacionais quanto os preços internos”. Além do café, o açúcar e óleo de soja ficaram mais caros em 15 capitais. No Centro-Oeste, a retração oscila entre -8,44%, diz nota do Departamento. Em Goiânia, a diminuição foi de 2,61%. Já a batata ficou com uma variação de 20,30%. As chuvas de janeiro atrasaram a colheita, o que causou redução na oferta, mostra a pesquisa. Um recuo nos preços aconteceu com o arroz agulhinha e o feijão em 16 das 17 capitais pesquisadas.
