A Justiça acatou as acusações do Ministério Público de Goiás (MPGO) contra o servente de pedreiro Reidimar Silva Santos e, agora, deve marcar uma data para que o réu seja levado a júri popular. O homem vai responder por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e estupro de vulnerável, crimes praticados contra a estudante Luana Marcelo Alves, de 12 anos.

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No documento de 31 páginas, o juiz Antônio Fernandes de Oliveira afirmou estar convencido sobre a materialidade e os indícios do crime praticado por Reidimar. O réu assassinou brutalmente Luana, que também foi abusada sexualmente e teve o corpo carbonizado, antes de ser concretada na área da casa onde o servente morava no Madre Germana, em Goiânia.  

A garota desapareceu após sair para comprar pães em novembro de 2022. Segundo a denúncia protocolada no dia 20 de dezembro, Reidimar abordou Luana afirmando que tinha uma dívida com os pais dela e que ia até a casa deles pagar. O réu era conhecido dos pais da menina, pois eles eram proprietários de uma distribuidora de bebidas que ele frequentava. 

Thais Lara

O ajudante de pedreiro também foi acusado pelo MP depois de ter confessado o sequestro e feminicídio de Thaís Lara, de 13 anos. A jovem desapareceu no dia 28 de agosto de 2019, no Setor Madre Germana II, mesmo setor que Luana. 

O corpo dela foi encontrado no início de 2023, meses após Reidimar ser preso pelo assinato de Luana. De acordo com a denúncia, Reidimar possuía uma conta em uma rede social, na qual matinha, predominante, contato com adolescentes, entre elas, Thaís. Além desses contatos virtuais, eles se cruzavam de forma casual e esporádica nas ruas do setor Madre Germana II.

O MP informou que a adolescente, inclusive, sempre demonstrava carinho com o filho de Reidimar, que tinha, à época, cerca de 4 anos. Assim, no dia do crime, a vítima saiu sozinha para ir a uma feira livre que acontecia todas as quartas-feiras nas proximidades da sua casa. Ao passar pela residência do denunciado, a vítima decidiu parar para perguntar sobre o filho de Reidimar. 

De acordo com a peça acusatória, foi nesse momento que o denunciado a atraiu para o interior do imóvel. Thais foi morta por estrangulamento e, posteriormente, teve o corpo esquartejado e queimado dentro de uma fossa desativada.