Caso Isadora Cândido: Secretário Joaquim Mesquita descarta atuação de serial killer

06 junho 2014 às 17h55

COMPARTILHAR
Polícia técnico-científica prepara cruzamento balístico entre as munições utilizadas neste crime e no que vitimou a assessora parlamentar Ana Maria Victor Duarte
A morte da jovem Isadora Cândido, de 15 anos, tem dividido a opinião pública quanto à possibilidade da atuação de um assassino em série em Goiânia. Na tentativa de solucionar a questão e localizar o responsável pelo crime, a família da vítima, juntamente com o namorado de Isadora e única testemunha do caso, Clayton César Pimenta Júnior, se reuniu na tarde desta sexta-feira (6/6) com o secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita.
O titular descartou a possível atuação de um serial killer no caso. Para o conforto da família, ele alegou que a polícia está, em peso, debruçada em prol da resolução do crime e identificação do assassino.
[relacionadas artigos=“6135,5891”]
Na última quinta-feira (5/6), Clayton César afirmou que o homem que atirou nas costas de Isadora possui as mesmas feições de um homem caracterizado em um retrato falado suspeito de ter matado a assessora parlamentar Ana Maria Victor Duarte, de 26 anos, no dia 15 de março deste ano. Mesmo desacreditando na relação entre os dois casos, o secretário afirmou que a Polícia técnico-científica realizará um cruzamento balístico entre as munições utilizadas em ambos os crimes para verificar se há compatibilidade.
Após a reunião com Joaquim Mesquita, Clayton preferiu não falar com a imprensa. No entanto, antes do encontro, o jovem reiterou ao Jornal Opção Online, com convicção, as semelhanças entre os assassinos. “A viseira estava aberta e deu para ver a fisionomia dele. Os traços são muito semelhantes. Os olhos, a feição, a cor, e até a camisa verde”, relatou.
Ainda bastante abalado com a morte da filha caçula, o pai de Isadora, Gilmar Cândido dos Reis, afirmou em entrevista coletiva que a reunião com o secretário gerou certo alívio em relação ao rumo das investigações. “Eu não sei se é um serial killer, o que eu queria mesmo era descobrir o assassino, mas que é muita coincidência é.”
O pai de Isadora não acredita na possibilidade de latrocínio ou ainda que a morte tenha sido encomendada, como chegou a ser cogitado. “Ela não tinha inimizade com ninguém”, acrescentou.
Amigo da família, também participou da reunião o Presidente da Confederação de Capoeira de Goiás, João Salustriano Pereira. Bicampeã nacional da modalidade, Isadora treinava com afinco e se preparava para outra competição quando teve a vida ceifada.