A morte de Isabella Nardoni, que chocou o Brasil em 2008, pode ganhar novos desdobramentos. A Associação do Orgulho dos LGBTQIAPN+ encaminhou uma representação ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) pedindo a investigação de Antônio Nardoni, pai de Alexandre Nardoni. Segundo a entidade, o avô teria participado do crime que tirou a vida da menina de 5 anos.

De acordo com o documento obtido pela coluna de Fábia Oliveira, do Metrópoles, uma policial penal relatou ter ouvido de Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella e também condenada pelo assassinato, que Antônio Nardoni teria auxiliado de forma consciente na execução da vítima. O relato aponta ainda que ele colaborou na criação de álibis para acobertar os autores e que a criança ainda apresentava sinais vitais quando foi arremessada da janela do apartamento.

A associação pede a reabertura do inquérito policial, além de medidas de proteção para a servidora, que estaria com receio de formalizar a denúncia por medo de represálias.

O suplente de deputado estadual por São Paulo e presidente da entidade, Agripino Magalhães Júnior, afirmou que a justiça precisa ser feita e criticou o cumprimento de pena em regime aberto por Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.

“É revoltante ver Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá circulando livremente entre nós, como se nada tivessem feito. Esse casal tirou a vida de uma criança de forma brutal, covarde e imperdoável. Não são pessoas comuns, são monstros que carregam nas mãos o sangue da própria filha e enteada”, declarou.

O caso Isabella Nardoni completou 17 anos em 2025 e permanece como um dos crimes de maior comoção nacional. Agora, com a nova denúncia, o MPSP poderá decidir se reabre as investigações para apurar uma possível participação do avô no assassinato.

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