As testemunhas da apuração do assassinato do empresário Fábio Escobar, em 2021, continuam a ser ouvidas na tarde de sexta-feira , 22. Na sessão anterior das chamadas oitivas, que são as entrevistas com quem a defesa de cada um dos envolvidos e a acusação escolhem para falar sobre os fatos, foram ouvidos personagens como o delegado Thiago Torres, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).

Os advogados de Carlos César Savastano Toledo, o Cacai, liderados pelo ex-senador Demóstenes Torres, fizeram ao delegado perguntas sobre o cliente. Torres, o acusador, respondeu a Torres, o defensor, que contra Cacai só houve os depoimentos de dois coronéis da Polícia Militar de Goiás, Newton Nery Castilho e Benito Franco.

Ainda na fase de inquérito, que é conduzida pela Polícia Civil, os dois oficiais disseram que Cacai os visitou em seus locais de trabalho para conversar sobre Escobar, mas dois anos e meio antes de ele ser morto. Durante todo o tempo entre os diálogos e o crime, não teriam voltado a ser procurados. Mesmo assim, Carlos foi indiciado como mandante do homicídio.

Nas peças levadas pela Draco ao Ministério Público que estão sendo debatidas no Judiciário, consta que a vítima criticava Cacai nas redes sociais, que teria buscado as autoridades, inclusive pleiteando medidas protetivas. Esses acontecimentos, de 2019, ficaram sem repercussão no caso até 2023, quando os coronéis narraram a conversa com Cacai, que então foi preso.

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