Caso de agressão a servidora chega ao Conselho de Ética e Ouvidoria da Câmara de Goiânia

14 fevereiro 2023 às 16h41

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A denúncia de violência física contra assessora que trabalha com o vereador Geverson Abel (Avante) chegou ao Conselho de Ética e Ouvidoria da Câmara de Goiânia, nesta terça-feira, 14. Ainda não foi informado quais sanções o parlamentar, Sargento Novandir (Avante), pode sofrer, caso seja comprovada a culpa dele.
“O Conselho de Ética já foi acionado para analisar a questão apresentada e tem autonomia funcional para tomar as providências que considerar necessárias, segundo suas prerrogativas,” se manifestou a Casa, por meio de nota.
Como a vítima já procurou a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) e realizou exames no Instituto Médico Legal (IML), na Ouvidoria da Casa, coordenada pela vereadora Aava Santiago (PSDB), deve receber atendimento psicoterapêutico e jurídico.
“Nós pedimos que ela nos passe o laudo [do IML], que a psicoterapia para mulheres em situação de violência é muito mais eficaz quando a gente compreende o laudo feito pelo IML, para que possamos saber qual será a abordagem que a psicóloga pode dar. Então, como ela já procurou [as autoridades], ela deve nos repassar toda a documentação, que nós estaremos com ela em tudo que precisar”, afirmou Santiago.
Em relação à responsabilização do agressor, a vereadora explica que este não é o papel da ouvidoria. “Nós estaremos com a mulher enquanto ela apresentar fragilidade. Quem irá decidir em sentenciar o acusado é a Justiça. Pois, isto não está mais no âmbito da Ouvidoria”, salienta, acrescentando que o órgão também pode auxiliar no encaminhamento de denúncias junto a Defensoria Pública.
Ouvidoria atende a comunidade
A vereadora esclareceu que o órgão não atende apenas funcionários da Câmara, mas todas as mulheres vítimas de violência que necessitam de ajuda. Ela lembra que o primeiro caso, com a instalação da ouvidoria, foi de violência contra uma adolescente do programa Jovem Aprediz.
“Eu não posso obviamente detalhar o caso, mas foi bastante emblemático para nós, que a primeira a procurar a instituição tenha sido uma adolescente”, recorda. Com este episódio da assessora parlamentar, o órgão atingiu a marca dos 50 registros de casos de agressões contra mulheres.