“As manobras feitas pelo atual presidente do partido não atendiam a legislação vigente, tornando a suposta convenção, nula de pleno direito”, diz Ovasco Resende, vice-presidente da sigla

Adilson Barroso, presidente nacional do Patriota, ao lado de Jair Bolsonaro, presidente da República

A briga interna dentro do diretório nacional do Patriota ganhou mais um capítulo esta semana. O presidente da legenda, Adilson Barroso, e seu grupo não conseguiram registrar o resultado da convenção da sigla, realizada na semana passada (31 de maio), e marcada por uma confusão com o grupo liderado pelo vice-presidente, Ovasco Resende, o deputado federal, Fred Costa, e o secretário-geral, Jorcelino Braga, presidente do Patriota em Goiás.

O Cartório do Primeiro ofício de Notas do Distrito Federal emitiu nota devolutiva cobrando que Adilson Barroso prove e esclareça sobre o quórum qualificado da convenção. O documento exige que o presidente nacional esclareça ou retifique mais oito pontos para efetivar o registro da convenção (veja documento abaixo).

Nota de Exigência RCPJ_07062021

Em nota divulgada na manhã de hoje (10), o vice-presidente do Patriota disse que desde o primeiro momento seu grupo entende que “as manobras feitas pelo atual presidente do partido não atendiam a legislação vigente, tornando a suposta convenção, nula de pleno direito”. Ovasco Resende ainda acrescenta que continuará a “manter total transparência, cumprindo todos os princípios legais”.

O racha dentro do partido é mais um obstáculo para a filiação de Jair Bolsonaro ao Patriota. A briga  – exposta durante a convenção estadual tendo o filho 01 do presidente, senador Flávio Bolsonaro, como testemunha – tem como um dos motivadores o iminente embarque da família Bolsonaro.