Um dos veteranos intérpretes do cenário musical brasileiro, ele morreu aos 84 anos depois de ficar internado desde o dia 17 de março, no Rio

O cantor Agnaldo Timóteo é outro nome da cultura nacional a perder a vida em decorrência da Covid-19. Ele estava internado desde 17 de março na Casa São Bernardo,  na capital carioca, mas não resistiu. Sua morte foi anunciada no início da tarde deste sábado, 3.

O Instituto Funjor, do qual o cantor era conselheiro, divulgou a seguinte nota:

Agnaldo Timóteo viverá eternamente em nossos corações! A família agradece todo o apoio e profissionalismo da Rede Hospital Casa São Bernardo nessa batalha. A família informa que a Corrente de Fé, com pensamentos positivos e orações, permanecerá, em prol da cura final dessa doença e pelos que ainda estão lutando.”

Mineiro nascido em Caratinga, cidade mineira do Vale do Rio Doce, hoje com 92 mil habitantes, Agnaldo começou a trabalhar como mecânico – foi também motorista da cantora Ângela Maria. Depois de se mudar para o Rio de Janeiro no início da década de 60, lançou vários discos e alcançou destaque ainda nos primeiros anos de carreira – ao longo da vida, foram 62 discos.

Além da longa estrada na música, Agnaldo Timóteo também fez política: a partir de 1982, foi deputado federal, depois estadual (pelo Rio) e também vereador (por São Paulo).

Um dos maiores sucessos consagrados na voz de Agnaldo Timóteo é Meu Grito, composição de Roberto e Erasmo Carlos:

Polêmico, o negro Agnaldo Timóteo foi controverso em temas como a questão racial, embora tenha sido vítima de injúrias ligadas à cor da pele – uma delas ocorreu em 2018, quando foi chamado de “macaco gordo” por um vereador da cidade de Parobé (RS).