Candidatos a deputados estaduais em Goiás são presos por crime eleitoral
06 outubro 2014 às 12h05

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No Brasil, boca de urna é crime e pode render multa de até R$ 15,9 mil e prestação de serviços comunitários

Os candidatos a Assembleia Legislativa de Goiás José Aires (PHS) e Ivon Valente (PT) foram presos durante o pleito eleitoral desse domingo (5/10). Os dois foram detidos por cometerem crimes eleitorais nos municípios goianos de Campos Belos e de Posse.
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Em entrevista ao Jornal Opção Online nesta segunda-feira (6), o responsável pelo policiamento em Campos Belos, o capitão Carvalho, disse que José Aires foi preso por praticar propaganda eleitoral indevida. “O candidato foi preso no final da tarde e encaminhado para a delegacia, mas foi liberado logo em seguida depois que realizamos os procedimentos”, disse.
O candidato Ivon Valente foi preso por volta das 15h em Posse, cidade a 512 quilômetros de Goiânia, também por praticar boca de urna. “A Polícia Militar foi chamada e o candidato foi flagrado cometendo o delito. Em seguida o prendemos e o encaminhamos para a Polícia Civil”, afirmou o tenente coronel Bastos à reportagem.
O petista José Aires obteve 2.832 votos, ou seja, 0,09% da preferência do eleitorado goiano. Por sua vez, o petista Ivon Valente obteve 4.540 votos, ou seja, 0,15% dos votos válidos. Nenhum dos dois foram eleitos.
Procurado pela reportagem, o presidente do PHS estadual, Murilo Oliveira, afirmou que o partido não tem conhecimento sobre o caso e que não vai se pronunciar a respeito. Até o fechamento desta matéria a reportagem não conseguiu entrar em contato o presidente do PT em Goiás, Ceser Donisete.
No Brasil, boca de urna é um conceito relativo a distribuição e veiculação de propaganda política no dia da eleição, sendo considerada um crime eleitoral, que pode render multa de até R$ 15,9 mil, prestação de serviços comunitários e até prisão.