Segundo o coronel Brito, a médica apontava no dedo em seu rosto, e quando ele tentou  imobilizá-lo, acabou acertando “de raspão” o rosto da eleitora

Com um vídeo mostrando o momento em que bateu no rosto de uma mulher na fila de uma seção eleitoral no último domingo (5/10), o Coronel Brito (PEN), derrotado nas eleições deste ano, quando foi candidato ao Senado de Alagoas (recebeu somente 1.922 votos), disse durante entrevista coletiva que apenas tentou se defender e que não tinha a intenção de agredir a médica Marta Celeste Oliveira. “Fui vítima”, disse o ex-candidato.

[relacionadas artigos=”17155″]

De acordo com o coronel, depois que o político votou, Marta chegou dando chutes e chamando-o de “cabra safado” e proferindo palavrões. “Eu conversava com policiais, e ela apontou o dedo na minha cara três vezes. Na quarta, eu fui tentar imobilizar o dedo dela, mas por causa da minha envergadura, acabei ratando e acertei o rosto dela de raspão. Sou casado, tenho filhas, netas e nunca bati em mulher”, diz o coronel em sua explicação.

Depois de todo o acontecimento, o coronel disse que cogita a possibilidade de processar a médica. “Eu fui a vítima ali. Meus advogados ainda estão estudando o que vão fazer, mas vamos entrar na justiça sim”, afirma.

Segundo a médica, entretanto, tudo começou quanto o coronel Brito passou na frente de todos na fila de votação. Os eleitores que aguardavam para votar não o reconheceram como candidato e começaram a reclamar. O candidato, então, teria voltado acompanhado de policiais para dar voz de prisão a um senhor que também reclamava e as pessoas intervieram.

O coronel afirmou que a situação toda foi um mal entendido. “Eu tinha prioridade para passar na frente dos outros eleitores porque eu já tenho mais de 60 anos e também era candidato”, disse. Brito ainda afirmou que não usou da força policial, apenas pediu que policiais o acompanhassem para que pudesse sair do local com tranquilidade. “Eu fui acompanhado de outro eleitor, o coronel Goulart (PEN) [candidato ao governo do Rstado]”, afirmou.

Na última terça-feira (7), o coronel Brito depôs na Delegacia da Mulher. A delegada Fabiana Leão informou que vai remeter o caso à Polícia Federal, caracterizando a agressão como crime eleitoral. “Dada a desproporção da reação [por parte do coronel], eu entendo que houve o crime. Mas, não é Lei Maria da Penha, já que eles não têm nenhum tipo de vínculo. Mas é crime eleitoral, em razão de ter acontecido naquela circunstância, dentro do colégio eleitoral, justo no exercício do voto”, esclarece.

Veja o vídeo da agressão:

https://www.youtube.com/watch?v=mOa2yYMRHz4