Reuniões setoriais vão debater pontos polêmicos que afetam as localidades dentro do projeto

**** Por Fernanda Santos e Mirelle Irene.

Vereadores de Goiânia no plenário | Foto: Marcelo do Vale/Câmara Municipal

Nesta terça-feira, 4, a Comissão Mista da Câmara dos Vereadores irá realizar uma reunião com moradores do Setor Marista para debater pontos polêmicos relacionados ao Plano Diretor. A reunião ocorre virtualmente e de maneira aberta para os interessados, mas terá número limitado de participantes, conforme informou o vereador Lucas Kitão (PSL). Outros bairros, como Jaó e Sul, também devem ter reuniões específicas para debate.

“Faremos pequenas reuniões setoriais, apenas para alguns casos, para discutir pontos polêmicos”, diz vereador Lucas Kitão (PSL), sobre o formato dos encontros, que não são, segundo ele, audiências públicas. Conforme antecipou o Jornal Opção, as audiências públicas acordadas com o Ministério Público acontecerão a partir de 17 de agosto. (Leia mais aqui: https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/plano-diretor-camara-define-calendario-de-novas-audiencias-setoriais-e-mistas-272537/)

O objetivo da discussão, que contará com a coordenação do plano no Paço, moradores do Marista, técnicos do ITCO e vereadores interessados pelo tema, é ouvir o que os apontamentos considerados inviáveis no plano diretor apresentado pela Prefeitura e receber as demandas e reivindicações da população do Setor Marista.

“Faremos pequenas reuniões setoriais, apenas para alguns casos, para discutir pontos polêmicos”, afirmou Kitão.

De acordo com documento apresentado por moradores do bairro, a principal reivindicação é para que seja removido do Plano Diretor o adensamento de 13 quadras. “Hoje,o Marista tem 126 quadras, das quais 94 já foram passíveis de adensamento, de gabarito, na lei 171/2009. Não temos o impacto total, porque apenas 25% desse adensamento já foi realizado e hoje já percebemos mudanças no trânsito, infraestrutura esgotada, muitos alagamentos, rede elétrica constantemente cai”, contou Danielle Andrade, odontóloga que mora e trabalha no setor há mais de 15 anos.

“Nossa infraestrutura não é adequada para o tanto que eles fazem o bairro crescer. Agora eles querem que o bairro cresça ainda mais. Estão adensando 13 quadras, sendo que a gente não teve investimento para preparar o bairro para este adensamento”, criticou.

“O que pedimos é que a Câmara retire essas quadras que Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável (Seplam) incluiu. Que a gente dê um tempo para o bairro e sinta qual foi o impacto real da lei anterior e perceba se é possível crescer. Que não acabem com o bairro como foi feito com o Parque Flamboyant para depois perceberem que fizeram errado”, apontou Danielle.