Caixa teria pago obras em mansão alugada por ex-presidente Pedro Guimarães no DF
05 julho 2022 às 17h45
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Advogado do executivo argumentou que foram realizados melhorias para segurança, depois de supostas ameaças
Ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, acusado de abuso sexual e moral contra servidores da instituição, teria sido beneficiado por obras na mansão que mora em Brasília, no Distrito Federal. Segundo o Jornal Folha de S. Paulo, a reforma na residência teve custo aproximado de R$ 50 mil e foi feita em julho de 2020. Os trabalhos teriam sido realizados por quatro funcionários de uma empresa que mantém vínculo contratual com a empresa pública.
A citada mansão foi alugada por Guimarães às margens do Lago Paranoá, depois que o executivo deixou o apartamento em um hotel de luxo em Brasília mantido pela Caixa. Embora se justifique que as intervenções foram para providenciar mais segurança, os responsáveis pela obra afirmaram que foram contratados para retirarem uma cerca, para manter aberto o terreno para o lago, e a instalação de 11 postes para iluminar todo o jardim.
A empresa responsável pelos serviços foi a EMIBM que mantém contratos de engenharia com o banco público a quase 25 anos, por meio de licitações. O último contrato celebrado é de junho de 2020, no valor estimado de R$ 16,3 milhões, dos quais, R$ 4,9 milhões já foram executados, até o momento.
Contactada, a defesa do executivo, o criminalista José Luis Oliveira Lima, confirmou ao jornal que a mansão passou por melhorias e foi autorizada pelo setor de segurança da Caixa, devido o ex-presidente ter sido vítima de supostas ameaças. A instituição financeira informou que as obras estão relacionadas à segurança e com previsão em normas internas. Pedro Guimarães deixou o comando do banco no último dia 29.