Caiado reafirma pré-candidatura à presidência e debate sobre Sistema Único da Segurança Pública
05 novembro 2024 às 18h02
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), reafirmou sua intenção de disputa a presidência da República nas eleições de 2026 durante entrevista a Exame nesta terça-feira, 5. Reeleito em 2022 ainda no primeiro turno das eleições estaduais e com uma gestão com avaliação positiva no Estado, o governador derrotou um estigma em Goiás: eleger o prefeito na Capital. A conquista aumenta ainda mais as chances de Caiado para disputar a corrida presidencial, tendo em vista que ele já conta com o apoio do presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda.
Parte mais importante desse processo de se gabaritar para a principal disputa eleitoral no Brasil, para o governador, está ligado ao tema segurança pública. Caiado é a principal voz de oposição ao projeto do Governo Federal de implementação do Sistema Único de Segurança Pública. “O governo federal está enganando, está tapeando a população brasileira. Ele está simplesmente desenhando uma cortina de fumaça sobre um assunto que, se você buscar, verá que a insegurança não é uma novidade para o povo brasileiro”, afirmou.
Ele criticou o governo federal por propor uma emenda à Constituição para concentrar o controle das forças de segurança no país, tirando poderes dos estados. Segundo o governador, a medida não traz soluções para o combate à criminalidade, mas sim uma centralização que ignora as particularidades de cada região. “Eles gastaram dois anos para apresentar uma proposta que é nada além de concentrar o poder das polícias dos estados. Mas e o combate à criminalidade, onde está? Eles sabem que não têm braço para alcançar o crime no Brasil”, declarou Caiado, defendendo que o governo federal deveria facilitar o acesso dos estados ao COAF e aumentar os repasses para fortalecer a segurança pública nos estados.
Para exemplificar a diferença de compromisso, Caiado mencionou os investimentos em segurança realizados em Goiás: “Em Goiás, eu já gastei R$ 17 bilhões em cinco anos e meio. O governo federal me repassou 940 milhões. Isso mostra o desinteresse real do governo.”
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