Em entrevista ao Correio Braziliense, na tarde desta segunda-feira, 11, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), falou sobre a expectativa de disputar a eleição para presidente da República em 2026. Segundo Caiado, o União Brasil, na condição de terceiro maior partido do país, com uma bancada de 61 deputados federais e 14 senadores, terá candidato próprio nas próximas eleições gerais, e que vai trabalhar para que seu nome esteja à disposição na convenção nacional da legenda no momento oportuno.

“Eu entendo que o terceiro maior partido do país, se não estiver pretendendo disputar eleição majoritária não é partido. Não existe partido que não tenha essa disputa. Quem não disputa não tem torcida. Então, como que um partido, do tamanho do União Brasil, não vai se preparar para as convenções de 2026? E eu jamais me omiti em dizer que vou trabalhar para poder, tendo a confiança do partido, construindo alianças partidárias, disputar a eleição”, explicou o governador.

Caiado voltou a rechaçar a ideia de que, no primeiro turno, haverá a união de todos os partidos de direita que integram o espectro político brasileiro na disputa pelo Planalto. Para o governador goiano, é natural que outros partidos também lancem seus candidatos, e citou exemplos de legendas que têm quadros para pleitearem a disputa, como o PL, de Valdemar Costa Neto, e o PP do presidente da Câmara Arthur Lira, além do PSD e Republicanos. “Não é possível aglutinar todas as forças em uma única candidatura. É um universo compartilhado com outros partidos”, avalia.

Sobre as eleições municipais do ano que vem, Caiado avalia que as disputas serão regionais e discorda da tese de que a polarização que domina a política nacional vai prevalecer nas disputas nos municípios. Com a experiência de cinco mandatos no parlamento e vencedor de duas eleições para o executivo em primeiro turno, tido como um dos governadores mais municipalistas da história de Goiás, Ronaldo Caiado chama atenção para as peculiaridades de uma eleição municipal, uma realidade, segundo ele, completamente diferente de uma disputa nacional.

“Sou municipalista. A vida como é naquele município não vai ter essa ingerência tão alta do poder federal. A ingerência da polarização nacional influencia, mas não será capaz de decidir as eleições no município. Até mesmo numa capital, o pessoal está mais preocupado com a gestão da cidade. O grande debate mesmo virá em 2026, eleições presidenciais e estaduais. Quanto às eleições de 2024, o debate nacional pode ter alguma influência, mas não será o tema dominante”, sustenta.

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