Governador falou da necessidade do uso das máscaras e sobre a autonomia que as prefeituras, por decisão do STF, passam a ter com relação às ações de combate à pandemia nos municípios

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O governador Ronaldo Caiado (DEM) falou, durante uma transmissão ao vivo realizada nas redes sociais, a respeito das ações de combate ao coronavírus em Goiás. Segundo o democrata, só haverão bons resultados se houver união e se as pessoas assumirem suas responsabilidades.

A essência do novo decreto, que foi publicado na noite do último domingo, 19, e que já se encontra em vigor traz, segundo ele, “esse espírito colaborativo tão necessário para o momento de pandemia”. O documento prevê, seguindo protocolos rígidos, a abertura gradual do comércio e a retomada de algumas atividades no Estado.

A partir disso, elenca uma série de orientações voltadas à população em geral e aos municípios que, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), passam a ter autonomia para deliberar dentro de seu próprio território sobre ações contra o coronavírus.

No âmbito do governo estadual, Caiado garante que a força-tarefa que atua no combate à Covid-19 tem atuado incisivamente, sempre baseado em critérios técnicos e científicos. “Temos nos debruçado, estudado, lido e dedicado para que a gente possa, no final dessa pandemia, ter a consciência tranquila de que fizemos tudo que foi possível. Escutamos as melhores cabeças, buscamos as pessoas que se propuseram a trabalhar conosco”, argumentou.

O governador aproveitou, ainda, para fazer um apelo aos mais de sete milhões de goianos. “O fundamental, para que possamos avançar cada vez mais, é ter a parceria direta com o cidadão. Senão, não adianta”, disse. Ele pediu atenção às medidas de higienização e respeito ao distanciamento entre as pessoas caso precise sair de casa. “São algumas medidas simples, mas que podem salvar vidas a partir da ação de cada um”.

O uso de máscaras também foi pontuado pelo governador. Segundo ele, cada cesta básica a ser entregue pela Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) às famílias mais vulneráveis contará com máscaras. A intenção é assegurar que as pessoas mais carentes tenham acesso ao equipamento de proteção, para que possam ficar mais seguras. O governador também fez um agradecimento público às empresas que vêm confeccionando e distribuindo máscaras gratuitas, e encorajou as pessoas a aderirem ao movimento solidário.

Autonomia dos municípios

Após 30 dias de monitoramento do avanço da doença em Goiás, o governador declarou que o Estado está “numa situação melhor do que aquilo que projetamos como sendo ideal”. Ou seja, o número de pessoas com a Covid-19, que atualmente é de 403, é inferior às projeções feitas para o Estado, quando consideradas as curvas da pandemia em outros Países. Significa dizer que as medidas de isolamento social adotadas em Goiás estão surtindo efeito positivo.

Diante disso, Caiado chamou atenção para uma nova e importante etapa que se inicia a partir de agora, com a autonomia concedida a municípios pelo STF. O governador afirmou que tal medida é inteiramente respeitada e consta no decreto em vigor. Explicou ainda que junto a isso, o documento elenca uma série de regras que os prefeitos devem cumprir para garantir o controle epidemiológico em Goiás. Entre eles, o estabelecimento de um plano sanitário e de contingenciamento, e ainda traçar um perfil epidemiológico.

“Com o não cumprimento [das medidas] e o aumento da incidência de doentes contaminados, ele [o prefeito] passa a ter a responsabilidade de responder ao Ministério Público, ao juiz da comarca. E o Estado também poderá intervir diante da cidade”, argumentou.

A preocupação do governador, neste momento, é que todos os prefeitos estejam atentos à capacidade da rede de saúde, a fim de evitar que Goiás tenha aumento acentuado da curva de transmissão da Covid-19, o que poderia lotar os leitos disponíveis para atendimento de pacientes com a doença.

Caiado afirmou, ainda, que “todos têm seus limites”. Enquanto governador, está sujeito às determinações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde (MS), e as adequa ao Estado. Da mesma forma, recomendou que municípios considerem suas próprias realidades antes de deliberar sobre a flexibilização ou não do comércio e outras atividades.