Caiado denuncia agressão contra senadores brasileiros na Venezuela
18 junho 2015 às 16h11

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Ônibus com a comitiva formada por oito parlamentares de oposição teria sido apedrejado no aeroporto de Caracas

Uma comitiva formada por oito senadores brasileiros foi vítima de agressão nesta quinta-feira (18/6) em Caracas, capital da Venezuela. De acordo com relato do goiano Ronaldo Caiado (DEM), publicado em sua página oficial no Facebook, os parlamentares não conseguiram sair do aeroporto e o ônibus em que estavam foi apedrejado.
“Sitiaram o nosso ônibus, bateram, tentaram quebrá-lo. Estou tentando contato com o presidente Renan. Filmei o apedrejamento que fizeram contra nosso ônibus, mas o sinal de internet é ruim. O embaixador do Brasil na Venezuela nos recebeu no aeroporto e foi embora. Agora, estamos sendo agredidos e não tem representante do governo”, contou o goiano.
A visita é uma tentativa de pressionar o governo do presidente Nicolás Maduro a libertar presos políticos e marcar eleições parlamentares. Além de Caiado, também integram a comitiva os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Cassio Cunha Lima (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), José Medeiros (PPS-MT), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Aloysio Nunes (PSDB-SP).
Antes de narrar a agressão pelas redes sociais, Caiado relatou que a comitiva desembarcou sem passar pelo terminal de passageiros. “Um ônibus nos recepcionou na pista. Não deixaram que passássemos pelo terminal. Colocaram 8 batedores nos acompanhando. Agora estamos a caminho de Ramo Verde, onde está Leopoldo López, há mais de 20 dias em greve de fome por sua prisão arbitrária”, escreveu.
Um pouco depois, o senador goiano avisou que já havia entrado em contato com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), cobrando uma posição da presidente Dilma Rousseff (PT).
Pelo Twitter, o ex-presidenciável Aécio Neves informou que a comitiva estava sitiada em uma via pública, após o veículo em que estavam os parlamentares ter sido atacada por manifestantes. “Estamos aqui para defender a democracia e até agora o governo venezuelano tem demonstrado pouco apreço por ela”, acrescentou.